O Brasil está formando uma nova geração de empresários que buscam a competitividade investindo em tecnologia, promovendo a geração de conhecimento e ganhos de capital, com produtos de maior valor agregado. A avaliação foi feita pela presidente da empresa Herbarium Laboratório Botânico, Magrid Teske, durante a solenidade de entrega do Prêmio CNI 2005, realizada na sede da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) nesta semana.
Promovido pela Confederação Nacional da indústria (CNI), o prêmio é um reconhecimento às empresas e empresários que investem na inovação, na criatividade e na preservação dos recursos naturais como estratégia de aumentar a produtividade e a competitividade da indústria brasileira. No Paraná, o concurso é organizado pela Fiep.
Representando 36 empresas vencedoras de todo o Brasil, entre elas quatro paranaenses, Magrid fez o discurso de agradecimento lembrando que a competitividade brasileira precisa passar pelo maior investimento em inovação e tecnologia e no desenvolvimento sustentável. “A experiência mundial demonstra que não há crescimento econômico sustentável sem o uso criativo do conhecimento orientado à geração de novos produtos, serviços e processos”, complementou o presidente da Confederação Nacional da Indústria, Armando Monteiro Neto.
Monteiro Neto afirmou que os exemplos das empresas do Paraná
mostram como é favorável investir em inovação. “O Paraná se transformou em modelo na área de inovação. Hoje, Curitiba e Londrina são pólos inovadores que irradiam estratégias de gestão que buscam garantir maior produtividade e competitividade para a indústria”, afirmou o superintendente do Sistema Fiep, Arhur Carlos Peralta Neto, presente à cerimônia de entrega do Prêmio CNI.
A Kraft Foods Brasil foi a primeira colocada na categoria Desenvolvimento Sustentável, na modalidade gestão ambiental. Na categoria Parcerias para Inovação, a Cristófoli Equipamentos Biossegurança foi a primeira colocada na modalidade Instituto de Pesquisa, enquanto Herbarium Laboratório Botânico e Seccional Brasil foram a segunda e terceira colocadas na modalidade Redes de pesquisa.
Todas as empresas paranaenses vencedoras investem continuamente em pesquisa e inovação. O diretor da Seccional, Paulo de Abreu Jr, informa que há 30 anos a indústria mantém parceria com instituições de pesquisa. “Agregamos 23 pesquisadores à nossa rede, entre contratados e parceiros”, conta o diretor da empresa, situada em Curitiba.
“Se eu não fomentasse a pesquisa de base tecnológica, não teria chance de continuar a empresa”, diz Áter Cristófoli, fabricante de autoclaves odontológicos. A Cristófoli Biossegurança, investe há 14 anos na atração de engenheiros e pesquisadores que qualifiquem seus produtos e tem faturamento anual de R$ 15 milhões.
Já a Herbarium atua no setor de medicamentos fitoterápicos elaborados a base de plantas medicinais, suplementos alimentares e cosméticos. É hoje uma das maiores empresas nacionais no ramo, com distribuidores em todo o Brasil, exportando seus produtos para diversos países. A empresária Magrid Teske também foi premiada este ano com a Medalha do Conhecimento, concedida pelo Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio, em parceria com CNI e Sebrae.
O prêmio de primeiro lugar em Desenvolvimento Sustentável, entregue à multinacional Kraft Foods, se refere à realidade do Complexo Industrial de Curitiba, antes e depois da implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA). As melhorias implementadas, como o sistema de coleta seletiva (madeira, óleos lubrificantes, lâmpadas, embalagens etc), os benefícios obtidos com a certificação da ISO-14001 e o programa de redução de energia, gás e água foram alguns dos itens decisivos para a conquista do prêmio.
Em 2004, o Paraná teve três indústrias entre as premiadas. Os vencedores foram: Caltec Química Industrial (Furquim Bezerra e Cia Ltda); Flexiv Móveis e Sadia, de Toledo, que ficaram com os primeiros lugares, respectivamente, nas categorias Qualidade e Produtividade, Design, Ecologia e Interação Universidade-Indústria.