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Garantir a integração entre setor produtivo e meio acadêmico e buscar soluções concretas para um mundo sustentável, aliando desenvolvimento econômico, social e ambiental. Esta foi a tônica da abertura do Global Forum Nordeste, encontro que acontece até esta sexta-feira (17), em João Pessoa, na Paraíba. O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, abriu oficialmente o encontro, definindo o encontro como uma reflexão compartilhada em favor do desenvolvimento sustentável. “É necessário garantir a sustentabilidade dos negócios, dos valores humanos, dos arranjos e valores sociais que construímos”, disse.
Mais de 500 empresários, executivos e representantes da universidade, do poder público e da sociedade civil de 15 estados brasileiros e de Cabo Verde, na África, discutirão, o papel da educação para os negócios, com foco na sustentabilidade. “Vivemos num momento de crise que nos proporciona uma série de oportunidades. Há um desejo generalizado por sistemas de produção e consumo que proporcionem o bem-estar para as gerações futuras”, afirmou Rocha Loures, destacando que a necessidade de integração entre os diversos setores para mudar a educação superior e colocar em prática as ações.
O presidente da Federação das Indústrias da Paraíba, Francisco Gadelha, destacou a preocupação e o respeito que o brasileiro tem por seu futuro. “Chegamos num ponto em que precisamos de soluções rápidas. Todas as ações sociais devem buscar modelos em que valores econômicos se transformem em desenvolvimento social”, disse.
Na opinião do governador da Paraíba, José Maranhão, além do envolvimento entre meio acadêmico, setor produtivo e governo, deve haver um envolvimento com a base social. “Essa é a camada mais representativa da sociedade e, com certeza, tem muito a contribuir com sua experiência.”
O Global Fórum Nordeste é um desdobramento do Global Forum América Latina (GFAL), realizado em junho de 2008, em Curitiba. O movimento foi trazido ao Brasil pelo Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), através da Unindus, universidade corporativa da indústria. Segundo o diretor da Unindus, Henrique Santos, a entidade entende que o tema sustentabilidade, em todas suas vertentes, é fundamental para a sobrevivência e crescimento dos negócios e da sociedade como um todo. “Vivemos um processo de mudança global que exige profissionais e executivos/gestores mais éticos, inovadores e conscientes de sua responsabilidade com suas empresas, com a sociedade e com o planeta”, disse.
O encontro no Nordeste está sendo organizado pela Federação das Indústrias da Paraíba, em parceria com as demais federações de indústrias da região e pela Universidade Federal da Paraíba.
Universidade – O pró-reitor da Universidade Federal da Paraíba, Luiz Renato Pontes, acompanha as discussões do Global Forum desde as edições anteriores, em Curitiba e São Paulo. “Queremos formar um fórum de sustentabilidade para dar continuidade ao movimento, envolvendo não só acadêmicos de administração, mas toda a universidade”, disse.
Na avaliação de Sonia de Almeida Pimenta, professora do Centro de Educação da Universidade, é preciso mudar a cultura para a sustentabilidade. “A mudança de paradigma é difícil para a universidade. É necessário o apoio do setor produtivo, que é mais flexível e conhece a realidade do mercado”, destacou.
Destaques – Nesta quinta e sexta-feira o Global Forum terá a participação de nomes de destaque do mundo corporativo. João Gilberto, do Instituto Ethos, fala sobre a importância do envolvimento das empresas nas ações de sustentabilidade. O especialista em desenvolvimento organizacional, Bauback Yeganel, fala sobre o desafio da aprendizagem organizacional no contexto da crise.
Na sexta-feira, Alexandra Reschke, secretária do Patrimônio da União, e o cientista político Augusto de Franco participam das discussões.
O Global Forum começou na quarta-feira com o Congresso Acadêmico e apresentação de 29 cases das empresas vencedoras do Prêmio SESI Qualidade do Trabalho (PSQT) do Nordeste.