“As empresas têm um grande desafio pela frente: realizar ações que garantam um futuro sustentável para as próximas gerações”. Com essas palavras o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo da Rocha Loures, abriu, nesta quinta-feira (06), a 3ª Conferência Internacional BAWB, que prossegue até sexta-feira (07), no Centro de Eventos do Sistema Fiep, em Curitiba.
A conferência está sendo acompanhada por cerca de 600 pessoas interessadas em conhecer os 50 cases de sucesso de empresas que investem em ações sociais com resultados concretos para a sociedade e, ao mesmo tempo, geram lucro. Para Rocha Loures, reunir tantos cases comprova o crescimento da percepção das empresas de que a sua saúde nos negócios é, também, a saúde da sociedade.”As corporações precisam estar conscientes das necessidades e da realidade da comunidade em que estão inseridas para promover trabalhos que permitam a melhoria do ambiente que as rodeiam”, completa.
A primeira história inspiradora foi da Fundação Orsa, o braço social do Grupo Orsa, que atua nos ramos de papel e celulose em diversas regiões do Pais. Sérgio Antônio Garcia Amoroso, presidente do grupo e criador da Fundação, apresentou oito ações que a instituição promove junto a comunidades onde a empresa mantém unidades industriais.”Procuramos identificar as necessidades específicas de cada família para trabalhar o desenvolvimento econômico direcionado”, conta.
Um dos projetos apresentados por Amoroso é o realizado no Projeto Jarí, empreendimento adquirido pelo Grupo Orsa. No meio da floresta amazônica, a empresa atende 98 comunidades de quatro cidades.”Só na floresta são 14 mil pessoas atendidas. Para mim, trabalhar nisso é uma realização pessoal”, afirmou o empresário, lembranda infância pobre numa fazenda do interior de São Paulo.
Para o empresário Humberto Cabral, da Embafort, de Curitiba (PR), que participa da conferência desde a primeira edição, em 2003, a seleção de tantas histórias numa só conferência comprova que a visão das empresas brasileiras esta se voltando para o social.”Quando falo que invisto 5,37% da minha receita em ações sociais, me chamam de louco. Mas aqui na BAWB percebo que existem mais loucos como eu”, diz.
Além de cases nacionais, os participantes puderam conhecer também como é o BAWB (Business as an Agent of Word Benefit) fora do Brasil. A representante do movimento nos Estados Unidos, Judy Rogers, apresentou a história da Case Western University, de Cleveland, EUA.”Nós falamos não só dos negócios como agentes em benefício do mundo, mas, também de benefício mútuo”, afirma Judy.
Durante a tarde, a programação segue com a apresentação de dezesseis cases de associações e cooperativas, Arranjos Produtivos Locais, Agências de Desenvolvimento Regional, tecnologia, empresas solidárias e organizações cidadãs do Terceiro Setor.