Perito francês orienta indústrias do APL de Loanda à exportação
Através do Senai Paraná, o engenheiro mecânico Pierre Thévignot presta consultoria às indústrias de metais sanitários da região Noroeste até esta sexta-feira (10)
Para explorar o mercado externo, as indústrias do Arranjo Produtivo Local (APL) de Metais Sanitários de Loanda, na região Noroeste do Paraná, terão que adotar processos de automação e, principalmente, substituir o alumínio pelo plástico no processo de produção. Estas foram as principais recomendações feitas pelo perito francês Pierre Thévignot durante a Clínica Tecnologia que está sendo oferecida nesta semana pelo Senai Paraná e que termina nesta sexta-feira (10).
Segundo maior pólo de metais sanitários do Brasil – ficando atrás somente de São Paulo, o APL de Loanda produz cerca de 900 mil peças por mês e está buscando novas técnicas para melhorar processos e produtos e explorar novos mercados.
A Clínica Tecnológica com o especialista francês está sendo oferecida pelo Senai aos industriais de Loanda, Santa Cruz do Monte Castelo, Santa Isabel do Ivaí e São Pedro do Paraná – as maiores produtoras de metais sanitários do Estado – por meio da Rede de Tecnologia do Paraná (Retec).
“Algumas indústrias do APL já estão no patamar para exportação. Outras precisam se enquadrar ao perfil europeu”, observou Thévignot, que é engenheiro mecânico e preside o comitê europeu e a associação francesa das indústrias de torneiras.
“Para algumas indústrias, o primeiro passo é automatizar o processo de fundição que hoje é feito de forma artesanal. Outra questão refere-se à adoção do plástico em substituição ao alumínio. A União Européia está adotando o plástico no processo de fabricação. Então, a tendência é não utilizar o alumínio, por isso recomendo a troca pelo plástico, no caso o ABS, que é bem aceito na Europa”, considerou o perito, lembrando que o metal só é liberado na Europa para decoração.
“O Pierre está apresentando técnicas de produção diferentes daquelas que conhecemos. Com pequenas mudanças, podemos atingir uma melhoria significativa na qualidade dos nossos produtos. É isso que a gente está buscando com a consultoria do professor Pierre”, afirmou Roberta Cínara Gomes, empresária em Loanda.
Além da concepção e fabricação de torneiras industriais, o perito francês está abordando também o desenvolvimento de vendas à exportação, a confecção de catálogos técnicos, normas européias e qualidade dos materiais empregados. “Uma das exigências na Europa na questão da qualidade é a ISO 9000. Algumas empresas do APL se enquadram nessa exigência e estão aptas à exportação”, concluiu Thévignot.
A missão internacional que está sendo promovida pelo Senai prosseguirá na próxima semana, em Curitiba, quando o perito francês trabalhará na elaboração de um manual técnico, de relatórios de atividades desenvolvidas e também na análise de currículos de cursos da instituição.
Serviço
Clínica Tecnológica de Metais Sanitários
Mais informações: (44) 3425-3504 ou www.pr.senai.br/clinicatecnologica