Lideranças industriais sugerem mudanças para aumentar a competitividade ao país
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, afirmou nesta terça-feira (23) que o sistema institucional brasileiro precisa ganhar competitividade para contribuir com o desenvolvimento do País. “Não são só as empresas que precisam de competitividade. As instituições de representação, os estados e os municípios também precisam alcançar níveis de competitividade para que o Brasil possa concorrer no mercado globalizado”, destacou Rocha Loures durante o 2º. Encontro Nacional da Indústria, realizado na segunda e terça-feira pela Confederação Nacional de Indústria (CNI), em Brasília.
Os 1.200 líderes de sindicatos empresariais de todo o Brasil – 40 do Paraná, filiados à Fiep – defenderam a urgente revisão das leis trabalhistas, medidas na área de infra-estrutura, e reformas tributária e da Previdência. As sugestões, explicou Rocha Loures, visam manter o atual ritmo de crescimento da economia.
Rocha Loures destacou que o encontro contribuiu para o fortalecimento da comunidade industrial ao promover uma aprendizagem coletiva, que é indispensável para consolidar o associativismo. “Estamos convencidos de que o associativismo é instrumento fundamental para que os entes de representação empresarial tenham condições de atuar como protagonistas do desenvolvimento brasileiro, transformando visões em ações efetivas”, destacou. Segundo ele, o Mapa Estratégico da Indústria, construído pela CNI é um importante balizador deste processo.
“Este encontro é o começo do caminho para que o associativismo contribua para o crescimento da indústria”, destacou Constantino Bezeruska, presidente do Sindicado da Indústria do Mobiliário e Marcenaria do Estado do Paraná. “A CNI teve uma boa iniciativa ao reunir representantes de sindicatos empresariais de todo o Brasil. Estes encontros tratam de problemas enfrentados pela sociedade produtiva e também trazem idéias e soluções para resolvê-los”, afirmou Joaquim Cancela Gonçalves, presidente do Sindicato da Indústria de Panificação e Confeitaria do Estado do Paraná. Para ele, os resultados do evento devem ser disseminados nos estados para que a sociedade conheça as iniciativas do setor industrial em favor do crescimento do país.
Conclusões – A reforma trabalhista foi considerada pelos representantes dos sindicatos empresariais presentes ao encontro fundamental para atualizar a legislação, devendo incentivar a negociação entre empregados e empregadores, reduzir os custos do trabalho e regulamentar a terceirização. Os líderes também fizeram sugestões para recuperar e modernizar a infra-estrutura brasileira. Entre elas estão a continuidade dos programas de outorgas, a privatização das administrações portuárias e o aumento da oferta do transporte de cabotagem. Na área de energia, os empresários acreditam ser preciso assegurar o suprimento com preços competitivos, bem como apressar a modelagem e a publicação dos editais das parcerias público-privadas.
No encerramento do Encontro, o presidente da CNI, Armando Monteiro Neto, disse que as ações políticas dos sindicatos, federações e confederação só terão ganhos concretos se houver articulação. “Temos uma agenda densa e complexa à nossa frente. Nosso desafio é construir alianças com o conjunto da sociedade, pois não temos o monopólio da verdade e da compreensão dos problemas do país”, destacou Monteiro Neto.