O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) lançou na última quinta-feira (16) o Programa de Eficiência Energética da Indústria. A proposta é otimizar o consumo e modernizar as matrizes energéticas.
O programa da Fiep prevê a realização de diagnóstico e acompanhamento na implantação de políticas de gerenciamento energético na indústria paranaense. Em parceria com o Banco do Brasil, Copel, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea-PR) e a Consultoria Graphus, o projeto vai buscar de linhas de créditos para que as empresas possam modernizar seu parque industrial.
”Muitas indústrias não têm a percepção que podem economizar, por exemplo, energia elétrica ou térmica. Para isto, basta adotar novos procedimentos e algum investimento”, afirma o presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures. Ele informa que o programa, elaborado pelo Conselho Temático de Infra-estrutura da Fiep, pretende atender todas as indústrias paranaenses, que são quase 30 mil.
Atualmente, os principais setores industriais consumidores no Paraná são os de papel e celulose, alimentos e bebidas e fabricação de produtos de madeira. Juntos representam um percentual de 60,62% do total de consumo de energia elétrica industrial no Estado.
Segundo o último Balanço Energético Estadual da Copel, em 2003, a utilização de energia elétrica no setor industrial do Paraná ficou em 8,7 milhões MWh/ano com uma taxa de crescimento média, entre o ano de 2000 e 2003, de 4,70% ao ano.
O coordenador do Conselho Temático de Infra-estrutura da Fiep, Paulo Eduardo Ceschin, informa que a disponibilidade de energia é um fator decisivo para impulsionar a atividade econômica de um país e tem forte impacto no nível de investimentos do setor privado e na taxa de emprego.
A Fiep implantará o Programa em indústrias de todos os setores em diferentes regiões do Estado. A primeira será a Região Metropolitana de Curitiba, onde o Sistema pretende atingir mais de 400 indústrias. Um dos pontos a ser verificado são os motores elétricos, que correspondem a 55% dos gastos, e os processos eletroquímicos e aquecimento, que somam 37% do consumo. A questão da iluminação também será avaliada nas visitas.
Para a execução dos trabalhos, a Fiep conta, inicialmente, com a consultoria da Graphus energia, que é responsável pela análise do potencial de economia nas indústrias e pela elaboração do projeto de eficiência energética. Os custos para elaboração dos projetos irão variar de acordo com o tamanho da empresa.