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O Comércio Exterior paranaense ainda sente os efeitos da crise financeira internacional, revela a pesquisa mensal sobre a balança comercial da indústria do Estado realizada pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Entre janeiro e julho deste ano, as exportações caíram 28,05% em relação ao mesmo período do ano anterior e 42,64% na comparação entre julho de 2009 e o mesmo mês de 2008. No ano, o saldo acumulado em vendas ao exterior é de US$ 6,8 bilhões. As importações, por sua vez, reduziram-se em 41,97% nos primeiros sete meses do ano, resultando num saldo superavitário de US$ 2 bilhões.
Em julho, as exportações caíram 22,03% em relação ao mês anterior. Na comparação com julho de 2008, a queda foi ainda maior, de 42,64%. “Apesar da queda das exportações no mês de julho, elas superaram, pela quarta vez consecutiva neste ano, a marca de um bilhão de dólares”, afirma o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt. Já as importações aumentaram pelo terceiro mês consecutivo, tendo crescido 27,73% na comparação com o mês anterior.
Considerando o câmbio mensal médio divulgado pelo Banco Central, a redução das exportações no ano foi de 8,45% em real. Em termos de média dos últimos 12 meses, julho registrou a sétima queda consecutiva de receita, atingindo US$ 1,04 bilhão (média de agosto de 2008 a julho de 2009), valor equivalmente ao registrado no início do ano passado.
O Complexo Soja continua sendo o grupo de produtos mais exportado pela indústria paranaense, com uma participação de 36,44% na pauta de exportações. Em seguida, aparecem Carnes, com 13,72%, e Material de Transportes, com 11,49%. No entanto, os três grupos de produtos demonstram tendência de queda nas vendas para o exterior.
Dentro dos 15 principais grupos de produtos exportados pela indústria paranaense, apenas um apresentou aumento em relação aos primeiros sete meses de 2008: Açúcares e Produtos de Confeitaria (36,70%), passando a ocupar o quarto lugar na pauta com 5,29% de participação.
Em relação às exportações por grau de elaboração, a maior queda nos sete primeiros meses do ano foi de produtos manufaturados, com -43,38%. “A crise afeta em maior medida produtos cuja manifestação de consumo pode ser postergada e preserva relativamente imunes os produtos de consumo corrente”, afirma Schmitt.