Empresas mostram projetos alinhados com os ODM

As iniciativas da Unimed Paraná, da Masisa, da Risotolândia, da Vale do Ivaí e do Sinduscon foram apresentadas no 2º Congresso Nós Podemos Paraná

clique para ampliar Rodrigo Camargo, da Masisa, apresenta projeto de inclusão realizado na empresa (Foto: Rogério Theodorovy)

Iniciativas como as da Unimed Paraná, que trabalha junto às comunidades para levantar projetos na área da saúde, e da Masisa, de Ponta Grossa, que está à frente de um projeto de negócios inclusivos, bem como as ações do Sinduscon-PR para os trabalhadores das indústrias do setor de construção civil foram apresentadas nesta terça-feira (27) no 2º Congresso Nós Podemos Paraná, que acontece no Cietep, em Curitiba, por iniciativa do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).
Além dessas, também a Vale do Ivaí Açúcar e Álcool, de São Pedro do Ivaí, e a Risotolândia, de Araucária, apresentaram seus projetos alinhados com os Objetivos do Milênio. Parceira do Movimento Nós Podemos Paraná, a Unimed passou a coordenar neste ano os Círculos de Diálogo pela Saúde, através dos quais mobiliza as lideranças das comunidades para levantar projetos nesta área.
“Até agora já surgiram mais de 50 projetos, propostos em encontros realizados em Maringá, Cascavel, Paranavaí, Campo Mourão e Medianeira”, disse o analista de Responsabilidade Social da Unimed, Yuri Beltramin. Outro projeto apresentado por ele é o Superação Unimed, que busca sensibilizar a sociedade sobre questões da acessibilidade e inclusão de Pessoas com deficiência.
Por este projeto, a Unimed apóia a Associação de Deficientes Físicos do Paraná (ADFP), usando os serviços de Correios da agência pertencente à entidade, contratando mão-de-obra, treinamento e palestras de pessoas com deficiência. “A ADFP atua para reabilitar as pessoas através do esporte. Os atletas formados pela entidade, bem como seus familiares, os treinadores e os dirigentes da associação recebem planos de saúde da Unimed”, explicou Beltramin.
Casa Melhor – Pessoas desempregadas e mulheres chefes de família são focos do “Casa Melhor”, de confecção e venda de móveis. A Masisa, fabricante de MDF e MDP, está à frente da iniciativa. “É um projeto de negócios inclusivos, por meio da capacitação, emprego, geração de renda e melhoria da qualidade de vida da comunidade”, explicou o diretor de marketing da empresa, Rodrigo Camargo.
Os participantes do projeto são capacitados pela unidade do Senai Paraná em Ponta Grossa, por meio do projeto “O Caminho da Profissão”. A Masisa apoiou a formação da associação dos fabricantes de móveis, desenvolveu o produto e cedeu a marca e se mantém como apoiadora e fornecedora da matéria prima. Até agora, a fabricação de móveis Casa Melhor já envolve 60 pessoas de comunidades do entorno das fábricas da Masisa de Ponta Grossa e Tibagi, no Paraná, e de Belo Horizonte.
Construção Civil – Inclusão digital e a oferta de ensino de matemática aos trabalhadores que atuam em canteiros de obras são algumas das ações do Sinduscon-PR para trabalhadores da indústria da construção civil. Segundo Lia Márcia Batista, coordenadora da área de Saúde e Segurança da entidade, muitas das iniciativas são desenvolvidas em parceria com o Sesi Paraná.
“Além do ensino de informática básica e de matemática, temos também os cursos de auxiliar em manutenção predial e serviços elétricos, ofertados às pessoas de comunidades próximas das empresas”, disse ela. O Dia Nacional da Construção Social é outra iniciativa voltada à valorização do trabalhador do setor. O projeto oferta um dia de serviços de cidadania, educação, esporte e lazer para os trabalhadores e seus familiares. O evento deste ano, realizado no último domingo, recebeu mais de 4.200 pessoas e prestou cerca de 20 mil atendimentos.
Liberdade Construída – A Risotolândia, do ramo de fornecimento de alimentos, apresentou no Congresso o projeto Liberdade Construída, pelo qual apóia detentos da Colônia Penal Agrícola, em final de cumprimento de pena. Eles trabalham na empresa, recebem 75% do salário mínimo nacional e a redução de um dia da pena, para cada três trabalhados. “Esses critérios são da Lei de Execução Penal”, contou a gerente de Recursos Humanos da empresa, Benildes Vieira.
O projeto começou em setembro de 2008, após um convênio firmado pela Risotolândia com a Secretaria Estadual de Justiça e o Departamento Penitenciário (Depen). “Fizemos antes um grande trabalho de sensibilização dos funcionários. Os detentos trabalham completamente integrados e com todos os benefícios que têm os demais, como transporte, uniforme e alimentação”, disse Benildes. “O impacto é positivo para o próprio trabalhador detento, para a família, para a empresa e para a sociedade que receberá cidadãos já integrados à comunidade”, enfatizou.
A Vale do Ivaí, empresa do ramo de açúcar e álcool, que emprega 5 mil pessoas nas suas três unidades (duas no Noroeste paranaense e uma em Minas Gerais) é uma ativa participante do Movimento Nós Podemos Paraná. “Temos enfatizado o trabalho de divulgação dos Objetivos do Milênio junto aos funcionários, estimulando-os a tomarem iniciativas relacionadas aos temas”, contou Valéria Cristina da Costa, supervisora do setor de responsabilidade social e benefícios da empresa.
Ela citou projetos alinhados com os ODMs, entre os quais o “Vale a Vida”. Desenvolvido em parceria com a Pastoral da Criança, o projeto atende gestantes e recém-nascidos, com acompanhamento de profissionais. Além disso, a família ganha o primeiro enxoval para o bebê e um manual de primeiros cuidados.
A empresa participa na condução dos trabalhos do Centro de Aprendizagem e Inclusão Social (CAIS), onde é desenvolvido o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil, em parceria com a prefeitura e o Governo Federal. Neste programa, que atende a 200 crianças e adolescentes, a Vale do Ivaí investe cerca de 400 mil na reforma e ampliação do espaço físico que disponibilizou para o desenvolvimento da jornada ampliada, além da aquisição de todos os equipamentos necessários. Neste espaço, também serão desenvolvidos outros projetos que tenham como objetivo a inclusão social.

 

 

 

 

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