Presidente da Fiep defende Reforma Tributária para impulsionar crescimento do país

Carlos Valter Martins Pedro participou de debate promovido pela Confederação Nacional da Indústria e pela revista Exame

Presidente da Fiep participou do debate por videoconferência (Foto: Iano Andrade/CNI)

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, participou nesta quinta-feira (22) do evento Indústria em Debate, que discutiu o que é preciso fazer para o Brasil voltar a crescer. Promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com a revista Exame, e transmitido pelas redes sociais, o encontro reuniu representantes do setor industrial e o líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros.

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Carlos Valter apontou a Reforma Tributária como ponto central para estruturar o crescimento do país em longo prazo. Uma reforma que, se não vai reduzir a carga tributária ao menos em um primeiro momento, deve solucionaras distorções que oneram as cadeias produtivas, encarecem os produtos nacionais e tiram competitividade da indústria brasileira. “Precisamos corrigir na reforma uma injustiça enorme sobre a indústria, que é quem paga a maior carga tributária por setor no Brasil. Essa é uma injustiça com o nosso produto e com o nosso consumidor”, disse, acrescentando que a correção das distorções do sistema tributário será importante também para a atração de novos investimentos e geração de emprego e renda.

A opinião foi compartilhada pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Nós precisamos fundamentalmente da Reforma Tributária, porque é preciso que as empresas saibam de que maneira vão pagar e quanto vão pagar de impostos. O nosso sistema tributário atual não dá essa segurança. Ao contrário, ele cria um receio no investidor”, afirmou. Ele disse ainda que é preciso ter em mente que a principal forma de se criar empregos é por meio de investimentos novos. “Quando se privatiza rodovias, portos e aeroportos, podemos atrair empresários com apetite para investir, isso, sim, pode gerar emprego”. Andrade também cobrou o avanço das discussões sobre a Reforma Administrativa, como forma de aumentar a eficiência do setor público.

Por sua vez, o deputado Ricardo Barros afirmou não ter dúvidas de que as duas reformas serão aprovadas no Congresso. “Temos um momento positivo, o Congresso é reformista. E, quando falamos de reforma, não estamos falando de governo, estamos falando de país”, afirmou o líder do governo na Câmara. Segundo ele, o Congresso também deve avançar na Lei de Falências e as privatizações devem ser aceleradas no ano que vem. “Tivemos alguns acordos para que essas matérias não fossem pautadas nesse ano, mas a partir de fevereiro vamos avançar. E a Reforma Administrativa é o Estado brasileiro mais leve. Ela será feita para futuros servidores, com salários mais baixos e com 25 níveis de carreira. Vamos premiar quem trabalha melhor”, diz.

Também participaram do evento os presidentes da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), Gilberto Petry, e da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato. Ambos alertaram para a necessidade de atenção com a questão fiscal, bastante afetada pelas medidas emergenciais para amenizar os impactos da pandemia para a população e as empresas. O equilíbrio fiscal foi defendido por Barros. “Manter o teto de gastos e não aumentar a carga tributária são os mantras que o presidente (Jair) Bolsonaro determinou”, explicou o deputado.

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