
Nos últimos anos, cresceu o número de refugiados e imigrantes em todo o Brasil. Só no Paraná, o Centro de Informação para Migrantes, Refugiados e Apátridas (CEIM-PR) registrou um crescimento de 85% no atendimento a refugiados. Vendo esse cenário, Beatriz Gardolinski, de 19 anos, decidiu ajudar. A jovem, que foi estudante do Colégio Sesi Internacional de Curitiba, oferece oficina gratuita para este público, com foco na educação financeira. “Meu objetivo é causar impacto grande e positivo na vida dos refugiados. Quero mudar mesmo a vida deles”, ressalta.
Segundo a jovem, parte do conhecimento em educação financeira foi adquirido no Colégio Sesi Internacional. Além da grade normal,
Beatriz também fez algumas modalidades extracurriculares (afterschool) como Educação Financeira, em que a estudante fez duas vezes. Na primeira, cursou sozinha e, na segunda, participou como tradutora de um refugiado sírio. Foi aí que a jovem percebeu a importância de alguém realizar o trabalho de ensinar educação financeira para refugiados. “O Colégio Sesi me deu a base, desde o conhecimento técnico, formas de apresentação, tudo. Foi lá que tive contato com intercambistas do mundo inteiro e entendi que há estilos diferentes: um francês é diferente de um refugiado sírio. O Sesi me fez criar essa noção do que fazer, e de que temos que começar por algum lugar”, afirma.
Inspira Boa Vista
Nos dias 3 e 4 de agosto, Beatriz esteve em Boa Vista, Roraima, para auxiliar refugiados venezuelanos e haitianos. Ela foi convidada para ministrar dois cursos sobre educação financeira durante o Inspira Boa Vista, evento apoiado pela ONU, através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PDUD) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR).