Projetista de arranha-céu de 80 andares em madeira discute novos modelos construtivos na Fiep

Em mais uma edição do Fórum Visões, engenheiro britânico Robert Foster apresentará detalhes do projeto do edifício, que será construído em Londres

Imagem com projeção do como o Oakwood ficará na região central de Londres (Foto: Divulgação/PLP Architecture)

Em todo o mundo, vêm ganhando força nos últimos anos os estudos e o desenvolvimento de novos modelos construtivos, que possibilitem ganho de escala e, principalmente, edificações mais sustentáveis. Para apresentar tendências nessa área, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) traz a Curitiba o engenheiro britânico Robert Foster, integrante da equipe responsável pelo Oakwood Timber Tower, um arranha-céu de 80 andares em madeira, projetado para ser erguido na região central de Londres. Ele participa, nesta quarta-feira (20), de mais uma edição do Fórum Visões, encontros que discutem caminhos para o crescimento do setor produtivo.

Foster é PhD em Engenharia Estrutural, pela Universidade de Cambridge, e também formado nas Engenharias Civil e Arquitetônica, pela Universidade de Bath, e em Filosofia, pela Universidade de Wales Cardiff. Seu trabalho engloba compreensão estrutural e pesquisa de projeto integrado, voltados ao desenvolvimento mais sustentável do ambiente urbano. Recentemente, tem focado suas pesquisas no uso de madeira e outros materiais sustentáveis para projetar edifícios altos e até arranha-céus. Na concepção do Oakwood Timber Tower, é participante da equipe de design e coautor do relatório de resultados do projeto, o que lhe rendeu, em 2016, o prêmio RIBA President’s Award for Design and Technical Research.

Atuação do Sistema Fiep – O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, destaca que a palestra faz parte de uma série de iniciativas que a entidade promove nessa área desde 2009. O objetivo é buscar soluções para que a indústria madeireira paranaense amplie sua presença no mercado interno e para que o setor da construção civil conheça alternativas de sistemas construtivos mais inteligentes, que utilizem processos industrializados e com menor geração de resíduos.

Naquele ano, o Sistema Fiep, por meio do Senai, realizou uma missão técnica à Alemanha, que possibilitou que a tecnologia de construção por wood frame, que utiliza painéis de madeira de reflorestamento, fosse trazida ao Brasil. O passo seguinte foi a criação de uma comissão para discutir detalhes técnicos para que a tecnologia se consolide no Brasil. Dela derivou a Comissão de Estudo de Sistemas Construtivos de Wood Frame, ligada à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que atualmente elabora um projeto de norma para regulamentar esse modelo de construção no país.

“Hoje, graças a essa articulação iniciada pelo Sistema Fiep, já temos indústrias no Paraná construindo residências e até edifícios baixos com a tecnologia, mas acreditamos que existe uma grande margem para ampliação desse mercado no estado e no país”, afirma Campagnolo. “Ao apresentar este exemplo de que, no exterior, já se projetam inclusive arranha-céus em madeira, queremos mostrar aos empresários que a utilização dessas técnicas construtivas são uma tendência internacional e uma alternativa viável para diferentes setores da indústria paranaense”, completa o presidente da Fiep.

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