A eleição da Fiep, realizada na última quarta-feira (14), demonstrou a forte mobilização da indústria paranaense em torno da defesa dos interesses do setor. Com participação de 100% dos delegados dos 96 sindicatos habilitados para votar, o pleito definiu a vitória da chapa “Foco na Indústria, Fiep para os Sindicatos”, liderada pelo industrial do setor metalmecânico Carlos Walter Martins Pedro.
A posse da nova diretoria está marcada para 30 de setembro. O mandato, de quatro anos, vai até 2023. Caberá ao novo presidente, escolhido pela maioria dos sindicatos, buscar a união do setor após uma disputa acirrada, definida por apenas dois votos – 49 contra 47 recebidos pela chapa “Sindicato Forte, Fiep Maior”, encabeçada por José Eugenio Souza de Bueno Gizzi, industrial da construção civil.
Ambos os candidatos são vice-presidentes na gestão 2015-2019, mas estavam em lados opostos na eleição. O resultado manteve na presidência o grupo majoritariamente ligado à atual diretoria e apoiado pelo presidente Edson Campagnolo. Ele esteve à frente da Fiep nos últimos 8 anos. Eleito pela primeira vez em 2011, após amplo apoio dos sindicatos industriais na disputa contra o ex-deputado federal Ricardo Barros, Campagnolo foi reeleito em 2015, em eleição com chapa única.
A necessidade de união do setor se reforça, principalmente, pelo momento delicado que a economia brasileira ainda atravessa, reflexo da profunda crise dos últimos anos. Uma crise que afetou em especial a indústria, que precisa encontrar caminhos para voltar a ser competitiva, retomar investimentos e gerar empregos. A Fiep, com sua nova diretoria e contando com o apoio de todos os sindicatos filiados, deve estar pronta a buscar articulação e colaborar com governos e parlamentares, nas esferas estadual e federal, para que se adotem medidas que melhorem o ambiente de negócios e recoloquem o Paraná e o Brasil no rumo do desenvolvimento.