

Depois de sete anos de espera, a Klabin S/A arrematou, em leilão realizado nesta terça-feira (13), um terminal do Porto de Paranaguá destinado à movimentação de celulose. O processo de concessão dessa área, essencial para os planos de expansão da empresa, foi acompanhado de perto pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), que auxiliou na articulação com autoridades da administração dos portos e do Ministério da Infraestrutura para viabilizar o pregão.
“Aprimorar a infraestrutura logística do Paraná é um fator primordial para aumentar a competitividade do nosso setor produtivo. E, para que investimentos nessa área aconteçam, é fundamental possibilitar a participação da iniciativa privada”, afirma o presidente da Fiep, Edson Campagnolo. “A realização desse leilão, após anos de dificuldades, mostra que estamos em um novo momento em relação às concessões, o que pode impulsionar os investimentos não somente em nossos portos, mas também em rodovias, ferrovias e aeroportos”, completa.
Campagnolo também comemora o fato de o leilão ter sido arrematado pela Klabin, indústria que tem em andamento um grande projeto de ampliação de sua fábrica em Ortigueira, em que serão investidos R$ 9,1 bilhões. “A Klabin é uma empresa que aposta no Paraná e, com esse novo terminal, ganhará ainda mais competitividade para ampliar suas exportações, o que se reverte em mais empregos e renda para nosso Estado”, declara. “A Fiep fica feliz por ter contribuído com a empresa, por meio do nosso Conselho Temático de Infraestrutura, nos esforços para destravar essa concessão, cumprindo com seu papel de defensora dos interesses da indústria paranaense. Isso reforça ainda mais nossa parceria com a Klabin, que se estende também a Sesi, Senai e IEL por meio dos serviços prestados nos projetos de ampliação da empresa”, conclui.
No leilão desta terça, a Klabin arrematou a área por R$ 1 milhão, com a obrigação de fazer um investimento no local na ordem de R$ 87 milhões, além de pagamentos ordinários mensais pela ocupação. O prazo de arrendamento é de 25 anos. Atualmente, a empresa já possui um terminal em Paranaguá, mas ele fica a cerca de 5 quilômetros do porto. Portanto, as cargas que chegam de trem precisam ser transportadas em caminhões até os navios, o que aumenta custos e tempo de operação. Como o novo terminal fica ao lado do porto e vai acomodar novos ramais ferroviários, facilitará o transbordo da carga.