Um show com o grupo Viola Quebrada, na noite desta sexta-feira (3), na Unidade Móvel de Cultura do Sistema Fiep, encerra a programação da Semana da Indústria na região Sudoeste. Desde segunda-feira (29), os moradores de Francisco Beltrão puderam conhecer de perto uma parte da atuação da entidade, que ofereceu à população cursos, atendimentos de saúde e atividades culturais.
As atividades fizeram parte de uma programação que seguirá até o início de junho, percorrendo todas as regiões do Paraná. Em Beltrão, mais de 300 pessoas frequentaram os cursos, ofertados nas Unidades Móveis do Senai, voltados para as áreas de revisão e manutenção automotiva, introdução à injeção eletrônica de motocicletas, confecção de camiseta e calça em malha e aproveitamento integral dos alimentos.
Além disso, foram realizados mais de 1,5 mil exames nas Unidades Móveis do Sesi, sendo quase 500 pelo programa Cuide-se + Prevenção do Câncer, que possibilita diagnósticos de câncer de pele, mama, colo do útero e próstata. O restante dos atendimentos foi em exames de acuidade visual, audiometria e odontológicos.
Para fechar o evento, os últimos dois dias contaram também com a presença da Unidade Móvel de Cultura, que promoveu atividades de contação de histórias que reuniram 400 estudantes da cidade. Na quinta à noite, foi realizado também um show com o músico Diego Guerro. Depois de Francisco Beltrão, a Semana da Indústria será realizada, a partir de segunda-feira (6), em Cascavel, na região Oeste. Em seguida, passará ainda por Maringá, Londrina, Ponta Grossa e Curitiba.
Formando cidadãos
Mais do que apresentar à comunidade o trabalho do Sistema Fiep, a Semana da Indústria serve também para destacar histórias de pessoas que tiveram suas vidas transformadas pela atuação da entidade. É o caso do eletricista Valter Paim, que ao longo da semana prestou serviços na estrutura montada no Parque de Exposições de Francisco Beltrão, onde foram instaladas as Unidades Móveis. No total, ele acumula mais de 20 certificados de cursos ofertados pelo Senai e pelo Sesi no Paraná.
A relação de Paim com o Sistema Fiep começou em 1993, quando tinha apenas 15 anos. “Meu pai trabalhava como eletricista em uma empresa de bebidas e, por meio dela, conseguiu me colocar em um curso de elétrica básica”, conta. “Terminei esse curso em 1995 e, por causa dele, consegui começar a trabalhar”, completa.
Nos anos seguintes, percebendo as oportunidades de ampliar seus conhecimentos e abrir novas portas no mercado de trabalho, Paim concluiu vários outros cursos, tanto técnicos como de curta duração, não apenas nas áreas elétrica e eletrônica, mas também na automotiva e de informática, entre outras. Também foi por meio do Sistema Fiep que realizou cursos sobre Normas Regulamentadoras (NRs), importantes para que atue com segurança em sua profissão.
Para Paim, a formação possibilitada pelo Sistema Fiep foi essencial para lhe garantir um futuro. “O Senai e o Sesi foram as minhas faculdades, me ensinaram tudo que eu precisava para poder trabalhar”, declara. Há oito anos, Paim começou a trabalhar como eletricista autônomo, prestando inclusive serviços para o Sistema Fiep na região de Francisco Beltrão.
Aos 41 anos, tem dois filhos, e planeja para eles uma trajetória parecida com a sua. “Acho melhor que eles antes façam um curso técnico no Senai para depois ir para uma faculdade. O curso do Senai você estuda e usa aquele conhecimento, você está na aula e já na prática. E as indústrias pedem por quem tem formação do Senai”, conclui.