Estímulo à indústria virá com melhoria no ambiente de negócios do país, diz secretário do governo federal
Carlos Alexandre Da Costa, que comanda a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade, do Ministério da Economia, esteve reunido com a diretoria da Fiep nesta terça (12), em Brasília


Melhorar o ambiente de negócios do país, buscando soluções para entraves que atrapalham o setor produtivo, possibilitando aumento de produtividade e competitividade das empresas de todos os setores. Essas são prioridades para o governo federal, segundo Carlos Alexandre Da Costa, que comanda a Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (Sepec), do Ministério da Economia. Nesta terça-feira (12), ele participou da reunião de diretoria da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), extraordinariamente realizada em Brasília. Quem também esteve presente foi o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade.
Para o secretário, o setor industrial será importante na estratégia de retomada do crescimento econômico do país. “Temos uma agenda hoje que conta muito com a indústria, que vem sofrendo nas últimas décadas”, afirmou. “Vocês são verdadeiros heróis, sobreviventes de juros altos, de câmbio apreciado, de governo atrapalhando, de impostos crescentes. Somos um país que vem premiando rentistas e vem dificultando para quem cria valor. Queremos reverter esse cenário e estamos trabalhando duro para isso, para valorizar quem produz”, acrescentou.
Costa ressaltou, porém, que a estratégia de valorização da indústria não será baseada em subsídios específicos ao setor, como já ocorreu no passado. “O resultado (de políticas públicas) não pode ser medido por quanto de subsídio ou proteção a gente dá”, disse. ”Precisamos fazer com que o setor produtivo nem precise (de subsídios). Não conheço nenhum empresário que goste de uma situação em que ele depende de subsídio porque não consegue um ambiente de negócio favorável”, completou.

O secretário destacou, ainda, que o atual governo vai buscar uma maior abertura comercial do país, mas que deve ser acompanhada de uma melhora nos níveis de competitividade das empresas. “A abertura comercial tem que ser gradual e simultânea ao aumento da competitividade e produtividade brasileira. E nós temos que trabalhar juntos, porque não é o governo quem aumenta a produtividade e a competitividade, quem aumenta são vocês (empresários). Nós temos que fazer duas coisas: parar de atrapalhar e apoiar naquilo que podemos apoiar”, declarou.
Carlos Alexandre Da Costa também apontou que outra prioridade do governo é a redução da máquina e dos gastos públicos, medida necessária para evitar o aumento da carga tributária. “Nós vamos reduzir, começando com a Reforma da Previdência, depois com privatizações para reduzir os gastos financeiros do governo. E temos que fazer a reforma do Estado para diminuir gasto primário. A gente tem que dar o exemplo, porque as empresas já tiveram programas continuados de redução de custos nos últimos anos”, afirmou.
Também participaram da reunião o secretário adjunto da Sepec, Igor Calvet, e o secretário de Desenvolvimento da Indústria, Comércio, Inovação e Pequenas e Micro Empresas, Caio Megale.
Apoio do setor produtivo
Para o presidente da Fiep, Edson Campagnolo, a disposição do secretário em participar da reunião da entidade mostra que o atual governo está aberto ao diálogo. “Ele nos transmitiu uma mensagem clara de que o governo está disposto a encontrar soluções para os inúmeros gargalos que impedem um maior crescimento econômico do país e que conta com o apoio do setor produtivo para isso”, afirmou. “Trouxemos a reunião de diretoria da Fiep a Brasília justamente para isso: dialogar com representantes do Executivo e do Legislativo, mostrando quais são as prioridades para a indústria paranaense”, completou.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, reforçou que o Brasil vive um novo momento. “Todas as discussões são no sentido de melhorar a competitividade, a produtividade e o ambiente de negócios”, disse. “O importante para nós não são os incentivos, mas um ambiente que nos permita competir em igualdade de condições com o mundo”, acrescentou.