Desoneração das exportações é uma das propostas de Dr. Rosinha para incentivar a indústria

Candidato do PT defendeu também mudanças no modelo de concessão das rodovias, propondo a administração pública

Candidato ao governo do Paraná pelo PT, Dr. Rosinha, em encontro com empresários na Fiep. (crédito: Gelson Bampi).

Uma reforma tributária construída por meio do diálogo com o setor produtivo, que corrija as atuais distorções, como a substituição tributária, e promova a desoneração das exportações é uma das propostas defendidas pelo candidato ao governo do Estado do Paraná pelo Partido dos Trabalhadores (PT), Dr. Rosinha. Falando a empresários nesta terça-feira (18) na Fiep, Dr. Rosinha disse que a substituição tributária foi nociva ao Estado e injusta com o empresário.

“Meu compromisso é rever toda a questão do ICMS. Quando um subsídio for dado, ele estará dentro da Lei de Diretrizes Orçamentárias e exigirá a contrapartida devida, que seja, no mínimo, a geração de emprego”, disse o candidato. Segundo ele, se não for desta forma, a medida coloca o Estado em dificuldade. “Um subsídio   tem um caráter econômico, mas deve ter um caráter social também”, argumentou.

Dr. Rosinha defendeu também mudanças no modelo de concessão das rodovias, propondo a administração pública. “Todos elogiam o Porto de Amsterdã, que é administrado por uma empresa pública e a minha proposta é a mesma”, disse. Para ele, a atual administração das rodovias trouxe prejuízos à população. “Em meu governo, uma empresa pública muito pequena fará a gestão e a concessão das rodovias. Com absoluta certeza vamos reduzir as tarifas de pedágio”, assegurou.

Reforma trabalhista – Contrário à reforma trabalhista, Dr. Rosinha lembrou que os períodos nos quais o Brasil mais cresceu foram sob a vigência das Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Para ele, a terceirização vai acabar com a relação capital-trabalho e, por consequência, acabar com o grau de confiança em muitas empresas. “Trabalhador descontente não produz o que deve produzir”, alertou.

O candidato do Partido dos Trabalhadores falou também da crise generalizada pela qual passa o país e destacou a falta de confiança em todos os setores. Para ele, a estratégia de combate à corrupção foi equivocada. “Sabemos o quanto se destruiu da indústria nacional, como por exemplo, a cadeia de gás e petróleo”, disse. “A corrupção deve ser combatida, mas neste processo, o Brasil destruiu as empresas e não os agentes corruptores. O resultado foi o retrocesso no nosso avanço tecnológico e na soberania nacional”, lamentou o candidato.

Por fim, o candidato petista citou o nível de desemprego atual, que classificou como assustador, e disse que, se eleito governador, buscará aliados ouvindo todos os setores da sociedade organizada e também atuará em parceria com todas as prefeituras, independente de partido político. “Vamos governar com base em programas, sem adotar a prática do clientelismo”, afirmou.

 

 

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