Rota Estratégica da Cadeia Brasileira do Alumínio aponta novos caminhos de inovação e sustentabilidade

Projeto que teve condução técnica do Observatório Sistema Fiep engaja os principais stakeholders do setor

Autoridades durante o lançamento da Rota Estratégica

Em um projeto que teve condução técnica do Observatório Sistema Fiep, foi lançado nesta quarta-feira (28), em Brasília, a Rota Estratégica da Cadeia Brasileira do Alumínio 2030. A iniciativa nasceu de uma parceria entre a Associação Brasileira do Alumínio (ABAL), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).

O papel do Observatório foi conduzir, com metodologias próprias, um amplo processo de construção coletiva do Roadmap estratégico setorial, documento que propõe de maneira estruturada e participativa um planejamento de longo prazo para o setor. “O Observatório é um dos principais ativos do Sistema Fiep, desenvolvendo trabalhos prospectivos que são fundamentais para planejar o aprimoramento do setor industrial”, disse o presidente do Sistema Fiep, Edson Campagnolo, que participou do lançamento. “Nossa instituição se sente honrada por ter colocado toda a expertise do Observatório à disposição desse projeto de fortalecimento de um segmento tão importante quanto a Cadeia Brasileira do Alumínio”, acrescentou.

A Rota Estratégica trata especificidades de cada elo da Cadeia Brasileira do Alumínio – Mineração e Transformação Primária; Reciclagem; Semimanufaturados e Aplicação de Produtos de Alumínio – e traça caminhos de crescimento, inovação e desenvolvimento sustentável para todo o setor. “Entender as ameaças e as oportunidades que são colocadas diante de nós e o que fazer para se preparar para elas é essencial”, destacou o presidente do Conselho Diretor da ABAL, Tadeu Nardocci. “Além da participação das associadas da ABAL, contamos com as vozes e as contribuições de agentes do governo, academia, terceiro setor e outros elos da cadeia produtiva nacional. O resultado que apresentamos por meio deste mapa é o trabalho de todos ao longo de um ano”, completou.

Visão

Ao final do projeto, e a partir das visões dos elos, chegou-se à seguinte visão global: “Cadeia Brasileira do Alumínio competitiva, inovadora, sustentável e integrada”. Essa visão de futuro ressalta a necessidade da integração da cadeia, desde a mineração de bauxita até a fabricação de produtos finais.

O trabalho conduzido pelo Observatório, que envolveu 140 especialistas e mobilizou 75 instituições públicas e privadas, consolidou-se em mais de 240 ações estratégicas de curto, médio e longo prazo relativas aos quatro elos do setor. Além disso, foi realizado um processo de síntese e priorização das ações nos seguintes temas:

1)    Articulação de Atores
2)    Comunicação e Marketing
3)    Expansão de Mercado
4)    Infraestrutura e Logística
5)    Qualidade, Certificação e Normatização
6)    Recursos Humanos
7)    Segurança Energética
8)   Sustentabilidade
9)   Tecnologia e Inovação
10) Tributação e Formalização

“Participar do desenvolvimento da Rota Estratégica para a indústria do alumínio vai auxiliar o governo a elaborar políticas públicas de inovação e competitividade para o setor”, afirmou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Jorge. “O MDIC atuará diretamente na implementação de ações sugeridas no Roadmap, facilitando, por exemplo, a interlocução dos diferentes atores do setor, além de fazer intervenções pontuais de defesa de interesses do setor no âmbito do governo federal”.

Prioridades

Entre as ações propostas, estão a necessidade de campanhas que valorizem a baixa pegada de carbono do metal brasileiro e o desenvolvimento de políticas de incentivo à exportação de produtos industrializados no país. Um dos aspectos abordados ao longo do documento é a expansão do mercado – que vem passando por fortes transformações nos últimos 10 anos, em especial, com a perda de espaço para a concorrência chinesa. Outro fator de forte influência no setor é a queda da produção nacional do alumínio primário, que sofre os efeitos do aumento nos custos de industrialização.

Comparado com o mercado internacional, o Brasil mantém a competitividade no início da cadeia; suas exportações de minério de alumínio (bauxita) e de óxido de alumínio (alumina) continuam a crescer e chegaram a resultados significativos em 2017. De acordo com a ABAL, as exportações de alumina brasileira cresceram 19% no ano passado, ao mesmo tempo em que a bauxita ficou entre os mais importantes elementos da pauta de exportações do setor de minérios.

“O Roadmap propõe reorientar essa tendência, estimulando a integração da cadeia, de forma a agregar valor à nossa produção, em todos os elos. Busca fomentar a criação de ambientes que atraiam, retenham e desenvolvam empresas e investimentos focados na inovação e na sustentabilidade”, ressaltou o presidente-executivo da ABAL, Milton Rego.

Sobre o Observatório

O Observatório Sistema Fiep é uma linha de ação dedicada à prestação de serviços de pesquisa, prospecção, planejamento e articulação com vistas ao desenvolvimento da indústria e melhoria de sua competitividade. Sediado em Curitiba, o Observatório acumula uma experiência de mais de 10 anos na realização de projetos com empresas, instituições governamentais e entidades sociais, educacionais e tecnológicas. Contando com uma equipe multidisciplinar com mais de 50 pesquisadores, agrega competências sólidas para o desenvolvimento de soluções orientadas às necessidades dos diversos perfis de clientes.

Com informações da assessoria de imprensa da ABAL

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