Ampliação da ferrovia até Paranaguá e duplicação de rodovias são prioridades para Guarapuava

Obras são apontadas no Plano Estadual de Logística de Transporte como soluções para gargalos logísticos

Ampliar a capacidade da ferrovia entre Guarapuava e Paranaguá e duplicar os eixos rodoviários que ligam a região a Curitiba, a Cascavel e ao Norte do Paraná são as prioridades para solucionar os gargalos logísticos e promover o desenvolvimento de Guarapuava e região. Estas são algumas das obras apontadas no Plano Estadual de Logística de Transporte como essenciais para o desenvolvimento do Paraná. O estudo foi apresentado nesta sexta-feira (11), na Casa da Indústria de Guarapuava.

No modal ferroviário é preciso fazer uma pequena alteração de raio na chamada curva São João, localizada na Serra do Mar. O traçado da estrada, muito antiga, inviabiliza o tráfego de grandes composições. Além disso, na mesma ferrovia é preciso também ampliar a capacidade do trecho da Serra da Esperança, que liga Guarapuava a Ponta Grossa e à Lapa. Estudos estão sendo feitos neste momento para gerar soluções já no curto e médio prazos, bem como projetos a longo prazo estão em elaboração.

No modal rodoviário, é necessário duplicar os eixos que ligam Guarapuava a Curitiba, a Cascavel e a Pitanga. Além da ampliação da capacidade desta rodovia com a implantação de terceiras faixas e trevos em desnível seguindo até Campo Mourão e/ou Mauá da Serra.

Estas obras melhorariam as condições de transporte dos produtos da região de Guarapuava, além do destino tradicional de exportação via Paranaguá, para o Norte do Paraná e para São Paulo, dando acesso aos grandes centros consumidores.

Investimentos – O PELT é um guia de obras nos modais ferroviário, rodoviário, portuário e aeroviário que devem ser realizadas até 2035 para dar suporte ao desenvolvimento do Estado, foi desenvolvido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e demais entidades que integram o Fórum Permanente de Desenvolvimento Futuro 10 Paraná. “O PELT nos indicou o que precisa ser feito. Agora precisamos buscar formas de viabilizar estas obras”, destaca João Arthur Mohr, executivo do Conselho de Infraestrutura da Fiep. Segundo ele, muitas destas obras serão feitas com recursos privados.

“O Poder Público não tem recursos suficientes para tantos investimentos. Os orçamentos da União, estados e municípios estão comprometidos com educação, saúde, segurança e previdência. Mas há investidores privados, inclusive internacionais, interessados em financiar obras de infraestrutura”, destaca Mohr. Segundo ele, para atrair estes investimentos são necessários projetos técnicos bem estruturados, segurança jurídica no país e juros menores para atrair capital. “Com a manutenção dos juros altos o dinheiro acaba sendo direcionado todo para o mercado financeiro”, observa.

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