O presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, considera que o novo corte na taxa básica de juros (Selic), ocorrido mesmo durante a turbulência política vivida pelo país, é uma importante sinalização para o mercado. “A crise política não pode interferir na busca por soluções para que a economia do país se recupere, e Copom soube separar as duas coisas”, afirma, referindo-se ao Comitê de Política Monetária, ligado ao Banco Central. “A redução da taxa de juros é fundamental para reaquecer o consumo e estimular investimentos produtivos”, acrescenta.
Nesta quarta-feira (31), o Copom decidiu pelo corte de um ponto percentual na taxa básica de juros, que caiu para 10,25% ao ano. É o menor índice desde janeiro de 2014. A expectativa de analistas do mercado é que a Selic possa chegar a 8,5% até o final de 2017.
Para Campagnolo, assim como no caso da taxa de juros, a crise política não pode afetar outras discussões essenciais para recolocar a economia brasileira no rumo do crescimento. “O Congresso Nacional precisa assumir sua responsabilidade com o país e levar adiante a agenda das reformas tão necessárias para melhorar o ambiente de negócios brasileiro”, diz. “Assim como a redução dos juros, isso também é fundamental para retomar a confiança dos investidores e começarmos a recuperar os milhões de postos de trabalho perdidos nos últimos anos”, completa.