Há espaço para novos cortes na taxa de juros, afirma presidente da Fiep

Para Edson Campagnolo, queda definida nesta semana é positiva, mas precisa ser seguida por reduções mais intensas nos próximos meses

A primeira queda na taxa básica de juros em quatro anos é um alento para o setor produtivo, mas precisa ser seguida de cortes mais intensos nos próximos meses para contribuir de maneira efetiva para a retomada da atividade econômica. A análise é do presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que ressalta ainda a importância do avanço do ajuste fiscal do governo federal como ferramenta essencial para a manutenção da tendência de redução da Selic.

“A queda nos juros ainda foi pequena diante daquilo que o país precisa para a retomada do consumo e dos investimentos produtivos”, afirma Campagnolo, referindo-se ao corte de apenas 0,25 ponto percentual definido pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central nesta quarta-feira (19). Com isso, a taxa básica de juros baixou para 14% ao ano. “Foi um importante sinal, mas está claro que existe um cenário favorável para novas e mais intensas reduções nos próximos meses. Isso certamente vai aumentar o otimismo de que o Brasil tem condições de reverter o quadro recessivo em breve e começar a recuperar os mais de 12 milhões de empregos perdidos com esta crise”, completa.

Para o presidente da Fiep, porém, governo e Congresso Nacional devem seguir comprometidos com o ajuste fiscal para possibilitar novas quedas da Selic. “O equilíbrio das contas públicas é fundamental para o controle da inflação, o que abre espeço para uma redução maior nos juros. A aprovação em primeiro turno da PEC do Teto de Gastos pela Câmara dos Deputados foi um passo importante nesse sentido, mas é preciso avançar ainda mais para retomar a confiança do mercado e dos consumidores”, declara Campagnolo.

Sistema Fiep - Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Av. Cândido de Abreu, 200 - Centro Cívico - 80530-902 - Curitiba-PR