Presidente da Fiep convida empresários japoneses para evento no Paraná em 2017

Edson Campagnolo participou, em Tóquio, da 19ª reunião de cooperação econômica Brasil-Japão; próxima edição do encontro será realizada em Curitiba

O presidente da Federação das Indústrias do Paraná, Edson Campagnolo, participou nesta semana, em Tóquio, da 19ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão. Nesta quarta-feira (5), ele discursou no evento, convidando os empresários japoneses a participarem da próxima edição do encontro, que será sediada pela Fiep, em Curitiba, em 2017.

“O Japão, pela força de sua economia e por possuir uma indústria extremamente avançada, é um parceiro estratégico para o Brasil. Reforçar essa relação é fundamental para o setor produtivo de nosso país”, afirmou Campagnolo. “E para o Paraná em especial, que possui uma grande colônia japonesa e várias empresas do país instaladas em nosso território, será uma honra sediar a próxima edição do encontro. Mais do que isso, certamente será uma grande oportunidade para apresentar novas perspectivas de parcerias e negócios para os empresários paranaenses”, completou.

Organizado anualmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e sua congênere japonesa, a Keidanren, o encontro de cooperação econômica Brasil-Japão tem o objetivo principal de promover comércio e investimentos entre os dois países. Neste ano, a delegação brasileira conta com mais de 50 industriais e executivos brasileiros, na maior comitiva empresarial que vai ao Japão desde 2012.

Entre outras questões, o setor produtivo brasileiro defendeu durante a reunião a reaproximação dos dois governos e a melhora do ambiente de negócios entre Brasil e Japão. Nos últimos cinco anos, o comércio entre os dois países caiu 45%, passando de US$ 17,4 bilhões, em 2011, para US$ 9,7 bilhões, em 2015. Mesmo assim, no ano passado o Japão foi o 6º principal parceiro comercial do Brasil e também ocupou a 6ª posição no estoque de investimentos estrangeiros diretos na economia brasileira.

“Temos muito interesse no Japão, que nos oferece oportunidades para ampliamos nossas exportações, acessarmos tecnologia e atrairmos capital para investimentos em infraestrutura”, disse o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade. “Para isso, é importante o lançamento de negociações formais entre o Brasil e o Japão para um acordo comercial e outro de investimento. Não há como discutir uma melhoria das relações comerciais entre nossos países sem avanço dessas negociações”, acrescentou. A expectativa é que isso seja discutido pelo presidente Michel Temer, que estará em Tóquio nos dias 19 e 20 de outubro.

Pesquisa da CNI com 51 associações industriais brasileiras mostra que 83% delas apoiam a negociação de um amplo acordo comercial. O resultado surpreende, pois o Brasil praticamente só importa bens industrializados do Japão. Segundo as empresas, o acordo aumentará o acesso a mercado para as exportações de bens e serviços brasileiros e reduzirá o custo de importação de insumos. Entre os benefícios, o empresariado também destaca o compartilhamento de etapas de produção com empresas japonesas, aumento na participação nas cadeias de valor e a realização de investimentos no país asiático.

Outro foco da missão da CNI é a atração de investimentos. Para fazer frente à China, o Japão criou uma nova agência, a JOIN (Japan Overseas Infrastructure Investment Corporation for Transport & Urban Development), com orçamento de mais de US$ 80 bilhões para financiar infraestrutura em outros países. O programa de concessões lançado pelo governo brasileiro beneficiaria empresas japonesas como a Mitsui e a Mitsubishi.

Com informações da Agência CNI de Notícias

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