Indústria paranaense registra terceiro mês de queda e não esboça reação, avalia Fiep

Indicadores conjunturais de vendas industriais, compras de insumos e nível de emprego apontam queda nos cinco primeiros meses do ano comparados com o mesmo período de 2015

A indústria paranaense não reage. Esta é a constatação feita pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) a partir da elaboração dos Indicadores Conjunturais relativos ao mês de maio. Os três índices que compõem o levantamento, vendas industriais, compras industriais e nível de emprego, apresentaram nova queda, agora na comparação de janeiro a maio deste ano com o mesmo período do ano passado.

Com os resultados, a indústria paranaense amarga o terceiro mês consecutivo de queda, caindo para os níveis de vendas registrados em 2007.

Em vendas industriais, o recuo foi de 3,78% se comparados os cinco primeiros meses de 2016 contra o mesmo momento de 2015. O resultado é 3,19% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado. Se comparado os dois meses de maio, deste ano e do ano passado, a queda é de 5,96%. No mês a mês, a retração é de 1,55%.

O resultado negativo se repete também no indicador compras de insumos. Os cinco primeiros meses de 2016 apresentaram queda de 3,33% em relação a igual período de 2015. Ainda que tenha registrado aumento de 2,04% em maio sobre abril, indicando algum aumento de atividade em junho e julho, a elevação não é suficiente para representar alento para a indústria paranaense.

O nível de emprego observado na indústria do Estado no acumulado de janeiro a maio contra igual período de 2015 apresenta redução de 2,83% no pessoal empregado total e de 0,38% no pessoal empregado na produção. A massa salarial líquida apresentou, em março contra abril, queda de 0,16%. Já as horas trabalhadas caíram 4,79%, e a utilização da capacidade instalada recuou dois pontos percentuais, situando-se em 70%. Este nível de utilização de capacidade é três pontos percentuais abaixo do registrado em maio de 2015.

“A atividade industrial paranaense não reage: as vendas industriais de maio tiveram desempenho inferior ao registrado em maio de 2015”, avalia Roberto Zurcher, economista da Fiep. Para ele, os primeiros cinco meses do ano oferecem sinais negativos nas compras de insumos, na utilização de capacidade instalada e também, no nível de emprego. “As condições do ambiente econômico e político nacional não dão trégua aos negócios”, destaca.

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