Grupos que pretendem investir no litoral agradecem G7 por alteração na poligonal dos portos

Representantes de empresas que têm projetos para construir terminais portuários privados no Paraná participaram de reunião das entidades do setor produtivo

Representantes de grupos que pretendem investir em terminais portuários no litoral do Estado participaram, na última segunda-feira (22), em Curitiba, da reunião do G7, grupo das principais entidades do setor produtivo paranaense. Eles agradeceram a articulação do G7 junto ao governo federal e estadual que possibilitou a mudança na chamada poligonal dos portos do Paraná. A medida altera o espaço de abrangência do porto público e passa a permitir a construção de novos terminais em áreas privadas em Pontal do Paraná, Paranaguá e Antonina.

Estiveram presentes na reunião Ricardo Salcedo, da JCR Administradora e Participações S/A; Luiz Roberto Braga Pinto, da Martini Meat S/A; e Cesar Soares, do Grupo Família Cattalini. Os três grupos têm planos de investimentos no litoral, mas até agora os projetos não podiam sair do papel, entre outras razões, pelas restrições impostas pela antiga poligonal. No total, estima-se que cerca de 4 mil postos de trabalho sejam gerados no litoral com esses investimentos.

Apenas um dos empreendimentos – o Porto Portal, um terminal de contêineres da JCR, que inclusive já possui licença de instalação liberada – deve gerar 1,5 mil empregos diretos em sua fase de construção. Após isso, na fase de operação, serão mais 1 mil empregos diretos para sua operação. A expectativa é que a construção do terminal comece no meio deste ano. Além desse, outros três projetos já estariam prontos para ser executados. “Fizemos um agradecimento ao G7, que vinha nos acompanhando nessa questão há dois anos”, disse Salcedo. “A alteração na poligonal demonstra a capacidade mobilizadora do setor produtivo”, completou.

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, que é o atual coordenador do G7,  destacou que os investimentos, além de representarem ganhos de competitividade para o setor produtivo paranaense no futuro, serão um importante suporte para o desenvolvimento econômico e social do litoral do Estado. “Esses empreendimentos movimentarão a economia do litoral, que hoje vive basicamente do movimento de turistas na temporada, gerando oportunidades de empregos e negócios”, disse. Campagnolo ressaltou ainda a importância da união do G7 em torno da questão da poligonal. “Essa era uma antiga demanda de todos os segmentos produtivos do Paraná e a alteração só foi possível graças à união de todas as entidades”, afirmou.

Entenda a mudança

No último dia 12, o governo federal publicou no Diário Oficial da União o decreto que altera o traçado da poligonal dos Portos de Paranaguá e Antonina – uma linha imaginária que delimita a abrangência do porto público. Com a modificação, inúmeras áreas deixam de fazer parte do limite de atuação do porto, abrindo a possibilidade de ampliação da base portuária paranaense por meio de investimentos privados. O G7 foi um dos principais articuladores para que houvesse a alteração, levando a reivindicação a autoridades estaduais e federais por meio de ofícios, reuniões com ministros e parlamentares e encontros técnicos para debater o assunto.

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