Acredite no Brasil

Chegamos ao fim de 2015. Apesar de termos entrado neste ano cientes dos desafios e das dificuldades que o país enfrentaria, talvez nem o mais pessimista dos brasileiros pudesse imaginar que, ao final dele, estaríamos em uma situação tão crítica. Mesmo assim, não é hora de desanimar. Não é hora de desistir do Brasil.

Muito pelo contrário. É justamente nos momentos de mais dificuldade que precisamos nos unir. No caso do Brasil, essa união não deve se resumir à chamada sociedade organizada, composta por entidades representativas e de classe. É preciso que lancemos um grande esforço coletivo que envolva todos os cidadãos bem intencionados – sejam eles empresários, trabalhadores, estudantes ou de qualquer outra categoria. Precisamos cobrar de quem comanda nosso país uma postura diferente, a adoção de medidas concretas para que superemos esta crise. Não suportamos mais ouvir discursos vazios.

Mais do que isso, precisamos nos dar conta de que muitas das soluções para os problemas estão ao alcance de nossas mãos. Esse é um esforço que deve começar na nossa casa, se espalhar por nossa rua, por nosso bairro e por nossa cidade. A base de qualquer transformação não está nos gabinetes ou plenários políticos, mas sim onde efetivamente vivemos e em nossa atitude. Em 2016, quando elegeremos nossos representantes nos Executivos e Legislativos de nossas cidades, é preciso que todo cidadão tenha isso em mente. As eleições municipais do próximo ano são decisivas para começarmos a mudar o cenário de desrespeito com que a população, infelizmente, está acostumada a ser tratada no Brasil.

Mas atenção: para que aquilo que está ruim não fique ainda pior, é preciso votar bem. É preciso eleger para comandar nossas cidades pessoas com ficha limpa, comprometidas com nossa comunidade e, principalmente, que tomem suas decisões com base nos anseios da sociedade e não em interesses pessoais ou político-partidários. E para que isso aconteça, todos devem estar conscientes. Precisamos criar uma verdadeira corrente para disseminar ao maior número de pessoas a importância do voto. Que cada empresário converse com seus trabalhadores, que cada trabalhador converse com seus colegas, que cada cidadão converse com seus amigos e familiares para conscientizar o maior número de pessoas possível.

Apesar de todas as adversidades que nosso país atravessa, não podemos perder a fé. Até porque temos tido algumas provas de que há gente bem intencionada e disposta a transformar nosso país. Um dos exemplos é a força-tarefa da operação Lava Jato, que vem passando o Brasil a limpo. Tenho certeza de que prosseguindo nesse esforço, preservando as instituições e buscando saídas pelas via democrática, colocaremos nosso país nos trilhos.

Que tenhamos todos um feliz Natal, em harmonia com nossas famílias e sem esquecer do personagem principal da festa: o menino Jesus. E que seu 2016, mesmo com todos os desafios, seja um ano abençoado, cheio de Paz e realizações.

Edson Campagnolo
Presidente do Sistema Fiep