Uma das mais importantes contribuições acadêmicas para o entendimento da economia paranaense, o livro “Da Construção ao Desmanche”, do professor Francisco de Borja Baptista de Maganhães Filho, ganhou uma segunda edição através de um trabalho conjunto empreendido pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) e Universidade Federal do Paraná (UFPR).
A reedição da obra foi apresentada ao público nesta quinta-feira (29), em evento realizado na Fiep, que contou com a presença do presidente da federação, Rodrigo da Rocha Loures, do reitor da UFPR, Zaki Akel Sobrinho, do presidente do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), Gilmar Lourenço, além de membros da comunidade acadêmica e da viúva do autor, Marion de Magalhães.
O livro, que compreende a tese de doutorado do professor Magalhães, foi lançado pela primeira vez em 2006 pelo Ipardes e logo teve sua primeira edição esgotada. A ideia de relançar a obra que joga luz sobre a interpretação da história econômica recente do Paraná surgiu no ano passado, logo após a morte do autor.
Para o presidente da Fiep, a obra de Magalhães é uma das principais contribuições para o entendimento da economia paranaense. “Apesar de ser economista, sua análise cobre uma visão política e histórica.”, afirmou. Segundo Rocha Loures, com o resgate da memória do professor, resgata-se também um atributo que todos os economistas devem ter: a humanidade.
Também o reitor da UFPR destacou as qualidades do autor: “Acadêmico e pensador que concebeu visões de desenvolvimento para o nosso Estado.” Akel destacou ainda o apoio da Fiep para a publicação a obra e aproveitou a ocasião para prestar uma homenagem ao presidente da federação, com a entrega de uma placa em agradecimento pela sua atuação frente à Fiep. “O Rodrigo da Rocha Loures foi um presidente diferenciado desta federação, que valorizou muito as parcerias da academia com o setor produtivo.”, afirmou.
Ao longo do evento, amigos e colegas se revezaram ao microfone, onde contaram histórias pessoais sobre a convivência com o professor, que deixou saudade aos mais próximos e um vazio indelével no pensamento econômico do Paraná.