Educação e mobilização para a sustentabilidade dependem de ações locais, que se conectem a ações globais e gerem interação direta com a sociedade, isto é, a participação ativa dos cidadãos. A afirmação é do superintendente de gestão ambiental da Itaipu Binacional, Jair Kotz, que apresentou o painel de “Experiências empresariais“ no Global Fórum América Latina (GFAL 2011), realizado pelo Sistema Fiep, através da Unindus, de segunda a quarta-feira desta semana.
“A educação para a sustentabilidade é uma responsabilidade compartilhada”, afirmou Kotz. Segundo ele, agir de maneira sustentável é possível apenas através de ações e transformação por meio da pró-atividade de atores sociais como o governo, a comunidade, organizações públicas e privadas e organizações não-governamentais (ONGs). “É preciso que cada ator social seja um agente pró-ativo, articulador e promotor político e técnico, na busca da sustentabilidade”, afirmou.
O painel também mostrou que a educação para a sustentabilidade depende de uma mobilização organizada, democrática e educativa. “A sustentabilidade precisa ser entendida como um movimento político, que envolve diretamente as pessoas de uma localidade”, disse.
Neste processo a educação ou a alfabetização ecológica, a formação de pessoas capazes de pensar sistemicamente e a criação de redes de conversação para incentivos a lideranças e novos talentos são, segundo Kotz, o “passaporte para a criação de sociedades sustentáveis”, incentivando de forma natural o respeito pela natureza e seus elementos.
Na visão de Kotz, apenas falar sobre sustentabilidade não é o suficiente. É preciso disponibilizar informações para que a sociedade compreenda o cenário global, conseqüências e impactos gerados no planeta como as mudanças climáticas, aquecimento global, enchentes e outros fenômenos.
O grande desafio, que envolve a educação sustentável é fazer de um modo diferente, aproveitando as tecnologias disponíveis para redução de consumo e re-uso, construção de edifícios verdes, aproveitamento da agroecologia, economia verde, ecoeficiência, entre outras iniciativas. “A mudança principal está em como agimos, contribuímos em nossa localidade, interligando o ambiente local, construindo soluções globais e aprendendo no fazer, na experiência”, finalizou.
Educação para a sustentabilidade na Itaipu Binacional
Durante o painel, Kotz apresentou diversas iniciativas realizadas pela Itaipu Binacional e comunidade local, como oficinas de cultura, que evidenciam o elemento água, além de cursos e caminhadas pela sustentabilidade promovidas pela empresa.
Um dos principais programas é o “Cultivando água boa”, que conta com mais de 2 mil parceiros envolvidos. A ação visa a recuperação das microbacias da Bacia do Paraná, através de uma gestão participativa, isto é, um envolvimento dos atores sociais.
Desta forma a Itaipu busca incentivar a cultura da água, a implantação da ética do cuidado com a natureza e a construção da sustentabilidade na busca de um novo jeito de ser, viver, produzir e consumir, construindo uma solidariedade entre as pessoas e das mesmas com a natureza.