Cidades da Região Metropolitana querem mais estrutura para atrair investimentos

Em reunião nesta quinta-feira, Conselho de Desenvolvimento das Cidades da Fiep defende investimento em estrutura e capacitação de mão de obra

 A opção de grandes indústrias por cidades de pequeno e médio porte para sediar unidades fabris foi um dos temas debatidos nesta quinta-feira (11) na reunião do Conselho de Desenvolvimento das Cidades da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep). “As indústrias estão indo para cidades de médio ou pequeno porte. Esta é uma tendência, mas a deficiência de infraestrutura é um gargalo”, disse o coordenador do Conselho, Hélio Bampi. Segundo ele, um dos principais propósitos do conselho é buscar condições necessárias para garantir que as cidades possam receber estes investimentos e se desenvolver.

O secretário de Indústria, Comércio e Serviços de Fazenda Rio Grande, Elói Kuhn, presente na reunião, disse que o município da Grande Curitiba tem potencial para atrair estes investimentos, mas defendeu além de investimentos em infraestrutura, mais atenção para a qualificação de mão de obra. Participaram da reunião representantes de Araucária e São José dos Pinhais.

            O professor da FAE, Antoninho Caron, falou sobre os distritos industriais como uma visão do novos tempos, destacando exatamente que pequenos e médios municípios podem atrair investimentos e se desenvolver por meio deste modelo.       

O novo presidente da Associação das Indústrias da Cidade Industrial de Curitiba (AECIC), Celso Gusso, destacou que uma de suas bandeiras na instituição é buscar parcerias para qualificação técnica e profissional como forma de atrair indústrias. “A inovação que tanto se fala nem sempre pode ser praticada pela falta de qualificação e de técnicos”, disse.  Gusso informou que já está em andamento a articulação com o Senai, o Tecpar e a Secretaria do Trabalho para ações conjuntas na área.  

            “Curitiba, já há alguns anos, busca atrair indústrias para a região metropolitana, o que é mais benéfico e salutar para a região como um todo do que promover grandes concentrações na capital”, destacou o supervisor de planejamento do IPPUC, Ricardo Bindo. Segundo ele, a proposta é atrair indústrias para os municípios da região metropolitana enquanto a capital concentra mais a área de serviços.

Mobilidade – A mobilidade nas grandes cidades foi outro tema da reunião. A coordenadora da área de mobilidade urbana do IPPUC, Maria Miranda, apresentou a Rede Cicloviária de Curitiba, que propõe estimular o uso da bicicleta não apenas como lazer, mas também como meio de transporte. Segundo ela, muitas pessoas já utilizam a bicicleta para o transporte, principalmente para ir ao trabalho, e a intenção é garantir mais opções e mais segurança com ciclovias e ciclofaixas. “Desde 2000 não se amplia a malha. São 118 quilômetros de ciclovias em Curitiba e a previsão é chegar a até 400 quilômetros a longo prazo”, informou Maria Miranda. Além de ampliar a malha, segundo a coordenadora, há agora a preocupação de interligar as ciclovias aos terminais de ônibus e também à região metropolitana, garantindo mais opções de transporte à população.

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