Progresso é a soma da prosperidade das cidades, afirma Rocha Loures, na abertura da conferência
Mais de três mil pessoas participaram da solenidade, na manhã de terça-feira. O presidente do Sistema Fiep ressaltou a importância de pensar a partir de cada município para atingir um desenvolvimento sustentável

O presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures abriu na manhã desta terça-feira (11) a Conferência Internacional de Cidades Inovadoras – CICI2011, ressaltando a importância do investimento nas cidades e na capacitação dos atores locais para que a inovação e a sustentabilidade sejam atingidas em sua plenitude. “O progresso é a soma das prosperidades das cidades”, afirmou Rocha Loures, para as cerca de três mil pessoas presentes da abertura da CICI 2011, que acontece na sede do Sistema Fiep no Jardim Botânico, em Curitiba, até sexta-feira (20).
“Tenho certeza que ao final desta conferência teremos mais elementos para que cada um, no seu espaço e localidade, possa levar adiante o propósito de colaborar para a construção de um mundo melhor”, disse Rocha Loures, Entre os participantes, cerca de 800 gestores de cidades. Na abertura, Rocha Loures lançou o Relatório de Sustentabilidade da Fiep.
“A busca pela inovação tem que ser um fenômeno endêmico, que esteja em toda parte. Assim teremos competência instalada para identificar caminhos de acordo com a peculiaridade de cada localidade”, observou ele. “Temos que atuar pensando numa nova dimensão, que leve a sociedade a uma mudança cultural. A humanidade como um todo precisa ser inovadora e, neste sentido, valorizar o desenvolvimento local é essencial”, afirmou Rocha Loures, “O progresso passa a ser a soma das prosperidades locais, mais do que a ilusão de que o governo central vai proporcionar meios e caminhos para a resolução dos problemas”.
Segundo ele, uma das formas eficientes para promover a capacitação dos atores locais é a promoção de encontros que estimulem esse conceito de cidades inovadoras, fazendo da inovação a principal estratégia para chegar ao desenvolvimento necessário das localidades.
“Curitiba tem a oportunidade de oferecer o modelo a outras municipalidades, disseminando essa estratégia da inovação para as transformações que dependem de articulação das múltiplas atividades humanas e de todos os setores da sociedade”, completou.
O presidente ressaltou a importância das pessoas que se interessam pelo tema e vêm não só ouvir palestras, mas participar e organizar suas redes sociais, vivendo também o papel de agentes propagadores. “É assim que nos convertemos, realmente, numa civilização inovadora e sustentável”.
Desenvolvimento integral- Rocha Loures lembrou que o desenvolvimento industrial sustentável não pode acontecer sozinho, em dissonância com o desenvolvimento geral. “Por isso, nos pautamos para que houvesse reflexão e articulação nesse sentido. Esse propósito resultou de forma pioneira no movimento Paraná Futuro 10, que identificou a educação de qualidade, o meio ambiente e a gestão pública como temas mais evidentes.
O Sistema Fiep passou a desenvolver estudos para identificar como o setor industrial poderia contribuir com o desenvolvimento integral. Um deles identificou os setores portadores de futuro e outro identificou as rotas estratégicas de desenvolvimento das diversas cadeias produtivas.
“Em 2008, quando da conclusão do estudo das rotas estratégicas, percebemos que precisaríamos fazer da inovação um fenômeno que acontecesse de todas as formas e em todos os locais. Foi assim que desembocamos no conceito de que o desenvolvimento sustentável teria de passar pelo desenvolvimento local. E a unidade política mais viável para trabalhar são as cidades”, explicou. Foi assim, segundo ele, que se deu o surgimento de programas voltados às cidades inovadoras.
Rocha Loures citou duas importantes iniciativas articuladas pelo Sistema Fiep dentro do movimento cidades inovadoras. Um deles é o programa consolidado pelo Sesi Paraná, de formação de agentes de desenvolvimento local. O programa capacita jovens universitários para atuarem nas localidades para implantar a metodologia que permite aos moradores sonharem, definirem e participarem das ações de melhoria e sustentabilidade local.
O outro é o programa Cidades 2030, que busca definir estratégias e caminhos para as cidades tornarem-se inovadoras até 2030. O projeto Curitiba 2030 já tem seu estudo concluído e as etapas de implantação das medidas serão tratadas durante a CICI 2011. Também está pronto o estudo Londrina 2030, que será lançado durante a Conferência.