De um lado estão as indústrias e suas demandas por tecnologias capazes de sanar problemas enfrentados no dia a dia. De outro estão as universidades e seus pesquisadores que detém o conhecimento necessário para atender o setor produtivo com projeto inovadores. E para colocar frente a frente estes dois importantes setores, as universidades PUCPR, UFPR, UTFPR e POSITIVO abriram nesta quarta-feira (04) a Feira Paranaense de Negócios entre empresas, Universidades e Instituições de Pesquisa – INOVATEC Paraná 2011.
Para compor o elo entre o setor produtivo e as instituições de pesquisa, a INOVATEC conta com o apoio do Sistema Fiep, por meio do Centro Internacional de Inovação (C2i), que se ficou responsável por mobilizar o empresariado paranaense para apresentar suas demandas aos pesquisadores e, também, para ver o que as universidades já têm para disponibilizar ao mercado.
O evento foi aberto pelo presidente do Sistema Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, e contou com a presença do Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Alípio Leal, além dos reitores das universidades promotoras e de representantes de diversas instituições de ensino e pesquisa do Estado. Para o presidente da Fiep, essa aproximação pode incentivar a formação de pesquisadores que, por sua vez, poderão sanar os gargalos do setor produtivo. “A indústria sofre com a falta de mão de obra especializada, como engenheiros e pesquisadores. Ainda assim há um incentivo maior para a pesquisa feita no exterior. Precisamos de pesquisadores aqui no Brasil. E quem pode ajudar são as próprias empresas”, ressalta Loures.
Para o Secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, esse encontro contribui com a competitividade do Estado. “A ciência e a inovação se promovem com o encontro entre a universidade, o setor produtivo e o Estado. Isso resulta em aumento de competitividade”.
É preciso tirar a pesquisa da universidade
Segundo o reitor da Universidade Federal do Paraná, Zaki Akel Sobrinho, ainda há um distanciamento entre a pesquisa e a empresa. “Quando todos falarem a mesma língua (universidade e empresas) será mais simples e rápido solucionar problemas da sociedade e do setor produtivo. Precisamos ter a presença física da empresa dentro da universidade e do pesquisador dentro da empresa”, destaca.
A mesma opinião tem o diretor executivo do C2i, Filipe Cassapo. “Esse é um bom momento para que as empresas possam interagir com as universidades do Estado. Aqui na casa da indústria, durante esses três dias, professores, pesquisadores e empresários poderão expor suas oportunidades e demandas para que resultem em negócios sustentáveis”, finaliza.