Uma iniciativa do Centro Internacional de Inovação (C2i), por meio do Núcleo de Capital Inovador e da Gerência de Fomentos e Desenvolvimento da Fiep, reuniu empresários de Londrina e Maringá nesta quarta-feira (30) e quinta-feira (31) respectivamente, para apresentar ao setor produtivo das duas regiões as oportunidades e caminhos para as linhas de financiamentos para a inovação e também as opções disponível junto ao BNDES.
Em Londrina a apresentação reuniu cerca de 100 empresários e foi realizada durante o Congresso Paranaense de Integração Empresa, Instituições de Ciência, Tecnologia & Inovação e Governo – INTEGRA 2011, coordenado pela Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região. Em Maringá, num encontro apenas voltado ao bate papo de fomentos, cerca de 20 empresários puderam tirar dúvidas sobre as linhas de financiamento público e privados, além de ficar por dentro das ações e eventos do Núcleo de Capital Inovador e da Gerência de Fomentos e Desenvolvimento da Fiep que serão realizadas em 2011.
Recursos para inovação
O Brasil conta hoje com diversas linhas de financiamentos, público e privado, voltados ao custeio de projetos inovadores. De acordo com o consultor técnico do Núcleo de Capital Inovador do C2i, Felipe Couto, as empresas ainda precisam descobrir o caminho do dinheiro para investir em seus projetos. “Boa parte das empresas brasileiras desconhecem as linhas de financiamentos disponíveis no Brasil e recorrem a empréstimos bancários, com altas taxas de juros. É preciso informar este empresário que ele pode captar recursos públicos não reembolsáveis de editais como os da FINEP ou com juros baixos como do BNDES. Basta que eles estejam preparados para entender estes editais”, explica Couto.
Outra dica do consultor é quanto aos investimentos privados, ou seja, aqueles provindos de fundos de investimentos que buscam empresas ou projetos inovadores. “De um lado existem empresas inovadoras precisando de recursos para expandir e, do outro, fundos de investimento em busca de ideias inovadoras para investir. É Para fazer esse link entre os investidores e os inovadores que nasceu o Núcleo de Capital Inovador do C2i”, reforça Couto.
Além das linhas de financiamento voltados a empresas e projetos inovadores, a Fiep ainda conta com uma Gerência de Fomentos de Desenvolvimento, voltada a disseminação das linhas de crédito do BNDES para o setor produtivo do Estado. Durante o workshop, o consultor técnico da Fiep, Eduardo Kossovski, apresentou os benefícios do Cartão BNDES, iniciativa voltada, principalmente, para as MPE’s. De acordo com o Kossovski, o cartão é uma maneira mais barata e menos complicada de captar recursos para a empresa. “Com o cartão BNDES o empresário não precisa recorrer ao gerente do seu banco e pagar altas taxas de juros toda vez que precisar de dinheiro. Basta que ele faça o cadastro para obter o benefício e usar como cartão de crédito”. O Cartão BNDES, segundo Kossovsky, tem um limite de até R$ 1 milhão, com parcelamento de três até 48 vezes e juros mensais de 1,02%.
No Paraná, o Cartão BNDES pode ser adquirido no Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Banrisul e, em breve, no Itaú. Com ele é possível adquirir equipamentos, máquinas, computadores, capital de giro indireto com a aquisição de insumos industriais, auto peças, matérias de construção e até certificados e pesquisas para inovação.
Parceiros – O Centro Internacional de Inovação (C2i) atua como uma concessionária na promoção da inovação por meio de produtos e serviços do SENAI, SESI e IEL e também de forma conjunta com parceiros estratégicos da Fiep. Atualmente, são mais de 50 instituições nacionais e internacionais parceiras do C2i. Duas delas, a ANPEI e o Instituto Endeavor, acompanharam os especialistas da Fiep nas apresentações da INTEGRA 2011.
A endeavor passou a atuar com sede regional no Paraná em 2010, nas instalações do C2i devido a missão que está ligada ao fomento do empreendedorismo de alto impacto no Estado. De acordo com o gestor regional da endeavor, Leonardo Frade, o Paraná tem grande potencial empreendedor e, atualmente, o instituto conta apenas com uma empresa no portfólio de atendimento. “Nosso papel é multiplicar o número de empreendedores de alto impacto no Brasil, ou seja, aqueles que criam negócios com potencial de se tornarem grandes empresas geradoras de empregos e promotoras da sustentabilidade do país. Estamos aqui em busca de bons negócios”, finaliza.