Jair Meneguelli: o diferencial é a participação do setor produtivo para inserção dos jovens no trabalho (Foto: Francisco Henrique Sierich)Um grupo formado por 27 jovens de Foz do Iguaçu inicia na próxima semana as atividades do projeto ViraVida, que é desenvolvido pelo Conselho Nacional do Sesi e oferta formação profissional e inserção no mercado de trabalho a rapazes e moças, de 16 a 21 anos, que vivem em situação de exploração sexual. A aula inaugural do projeto foi realizada nesta quarta-feira (9), no auditório do Sest/Senat, em Foz.
Já no dia 17 de dezembro, os jovens desta primeira turma de Foz iniciam as aulas do curso de assistente administrativo em produção industrial, ministrado pelo Senai-PR. O Sesi-PR, junto com o Sest e o Senat, participa com reforço escolar e diversas ações de educação continuada, entre elas a formação cidadã. O Sesc entra com ações de esporte, lazer e cultura e orientação sobre prevenção de doenças.
“É importante ressaltar que toda empresa, entidade e organização que procuramos para propor a parceria a este projeto aderiu prontamente”, disse o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli, na aula inaugural.
Segundo Meneguelli, o grande diferencial do ViraVida é a participação do setor produtivo, que promove a inserção desses jovens no mercado de trabalho. “Através deste projeto o Sistema S investe na capacitação e formação dos jovens. A empresa, ao empregá-lo, recebe um profissional pronto para começar a trabalhar”, explicou ele.
Iniciado há dois anos, o ViraVida beneficia cerca de mil jovens, das dez localidades onde já está implantado no Brasil, sempre com o apoio de entidades do Sistema S, organizações governamentais e não-governamentais, empresas públicas e privadas, instituições sociais e religiosas. O projeto está alinhado ao Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-juvenil.
Já existem núcleos em Fortaleza, Recife, Natal, Belém, Brasília, Salvador, Teresina, João Pessoa e Campina Grande (na Paraíba) e Curitiba. Além de Foz e Londrina, o projeto está em implantação em Parnaíba (Piauí), Rio de Janeiro e Rondônia estão previstos os núcleos nos Estados do Mato Grossa do Sul, Maranhão e São Paulo.
“O avanço não se dá tão rápido como gostaríamos, porque o projeto é complexo, envolve cursos profissionalizantes de longa duração, o apoio psicológico aos jovens, o apoio às famílias e o compromisso de inserir o aluno no trabalho”, disse o presidente do SesiCN.