Alunos da Escola Superior de Guerra conhecem projetos da Fiep (Foto: Gilson Abreu)Alunos do 39º Ciclo de Estudos da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra do Paraná (ADESG), se reuniram na tarde desta quarta-feira (27), no Cietep, para ouvir do presidente do Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, conceitos da inovação e sustentabilidade defendidos pela Fiep. Diferente das habituais platéias compostas por empresários, a turma tem, em sua maioria, oficiais da inteligência da Polícia Militar do Paraná, além de psicólogos, advogados e administradores ligados à segurança pública do estado. Os profissionais de segurança buscaram a Fiep com interesse especial em conhecer de forma mais detalhada o projeto Curitiba 2030, um planejamento de longo prazo que prevê melhoria na qualidade de vida na cidade nos próximos 20 anos.
De acordo com o presidente da Fiep, Rodrigo da Rocha Loures, a sustentabilidade não se resume às questões ligadas ao meio ambiente, mas sim à cultura da sociedade. “Não é o planeta que deve ser sustentável. É o nosso modo de vida”, afirma Loures, que demonstrou curiosidade pelo interesse dos profissionais de segurança pública pela sustentabilidade e a inovação. “Isso explica a sustentabilidade como fator cultural. No setor produtivo a questão circula em torno dos efeitos do aumento da produção. Mas isso só ocorre porque há aumento no consumo. Na segurança pública acontece o mesmo. O principal problema é o tráfico de drogas. Mas só existe uma crescente oferta porque há cada vez mais usuários”, completa.
A busca da segurança pelos temas sustentabilidade e inovação, segundo o Major da PM, Mauricio Luiz Fonseca, aluno da ADESG, está ligado à globalização, que exige de todos profissionais uma visão holística e futurista de tudo que cerca a sociedade. “Nós temos que estar inseridos em todos os setores da sociedade. Nós percebemos que sem uma preocupação com o desenvolvimento sustentável da sociedade, jamais seremos capazes de promover a segurança pública ideal”, explica.
Inovação – Para que haja essa transformação cultural em promoção da sustentabilidade, segundo Loures, deve existir um plano que conduza a sociedade para essa mudança de comportamento. “A necessidade da mudança cultural para a sustentabilidade, nos leva a crer que todo o processo que usamos até hoje terá que ser descartado. Ou seja, teremos que inovar a forma de fazer as coisas. Não se trata de inventar, mas de fazer diferente. Isso é gestão inovadora”.
Um dos principais motivos que levou os alunos da ADESG até a Fiep para estudar inovação e sustentabilidade foi o projeto Curitiba 2030. Segundo o psicólogo Cesar Augusto Piasecki, coordenador da ADESG no Paraná, os cursos promovidos pela instituição têm o objetivo de reestudar o Brasil nas áreas da saúde, educação e segurança. “Nós buscamos em todas as áreas de atuação da sociedade, as melhores práticas e projetos para que os nossos alunos possam refletir e, ao final do curso, registrar esses entendimentos em trabalhos que são depositados na Biblioteca Nacional, onde todos poderão ter acesso”.
Curitiba 2030 como referência em inovação e sustentabilidade
Segundo Loures, idealizador do Curitiba 2030, o projeto é um bom exemplo da boa gestão da inovação. “Estamos pensando em uma forma de fazer de Curitiba um lugar onde todos possam promover essa transformação naturalmente. O Curitiba 2030 sugere desde um jeito diferente das pessoas se locomoverem e consumirem até o autocontrole de cada indivíduo para fazer da cidade um ambiente sustentável. Tudo isso com base em metodologias e estudos aprofundados”, explica.
Infra-estrutura – Nesse pensamento de cidade sustentável, segundo Loures, não é possível esperar apenas das pessoas as mudanças de hábitos. Ele defende que as estruturas da cidade também terão que se adaptar para receber esse novo modo de vida. “É um conjunto de ações que leva ao desenvolvimento sustentável”, finaliza.