clique para ampliar   Carlos Pinto (Bematech), Michael Ford (Grupo 2ergo), Alan Canzano (Cronus Partners), Ted Rogers (Arpex), Ronald Dauscha (C2i) (Foto: Divulgação) |
Promovido pela organização não governamental The Council on Competitiveness, pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e pelo Movimento Brazil Competitivo (MBC), o 2nd USA-BRAZIL Innovation Summit reuniu nos dias 20 e 21 de setembro, em Washington DC (EUA), 470 autoridades empresariais e governamentais do Brasil e dos EUA para discutir como estes países podem se unir para gerar valor empresarial por meio da inovação. Entre os brasileiros, estive presente o diretor do C2i – Centro Internacional de Inovação, Ronald Martin Dauscha, e o gerente do Núcleo de Capital Inovador, também do C2i, Wikings Marcelo Machado.
O Sistema Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do C2i, foi responsável pela organização e condução de dois painéis: “Fostering Innovation” que abordou as diferentes perspectivas sobre o investimento em inovação; e “Cross-Border Deals and the Impact on Innovation”, que discutiu um fenômeno recente para a realidade empresarial brasileira: a fusão e aquisição entre empresas estrangeiras e brasileiras.
De acordo com o diretor do C2i, Ronald Dauscha, as discussões foram bastante ricas e abordaram diversos pontos ligados ao ambiente brasileiro para investimento, assim como o cenário para criação de novos empreendimentos. “A mesa reforçou a importância de melhorias no sistema tributário brasileiro e na geração de acordos bilaterais de tributação e redução de encargos trabalhistas para estimular o empreendedorismo”, destaca.
O Brasil está em evidência
Outro ponto abordado pela mesa foi o cenário de oportunidades em que o Brasil se encontra. Segundo Dauscha, o Brasil é tido como país de grande potencial em setores como energia, saúde, educação e agricultura inteligente, além dos eventos esportivos que estão por vir, como a Copa do Mundo de Futebol, em 2014 e os jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. “Alguns dos executivos americanos reforçaram que o momento no qual o Brasil se encontra é muito similar ao que os EUA viveram no princípio dos anos 90”, relembra Dauscha ao comentar a abordagem do presidente do banco de investimentos Cronus Partners, Alan Canzano que afirmou que “apesar da similaridade, o Brasil terá a oportunidade de não cometer alguns dos erros cometidos pelos EUA no passado”, fazendo referência a á bolha da internet e baixo desempenho de alguns fundos de investimento americanos nos últimos anos.
Ao final do painel foi criado um documento contendo uma relação de ações em prol do empreendedorismo e inovação, e maior integração dos EUA e Brasil ao redor destes temas. Dentre as ações propostas, consta a criação de acordos bilaterais de tributação; a realização de eventos frequentes e estruturados para apresentação de empresas brasileiras aos investidores americanos; e a geração de um portal consolidando informações relevantes para investimento no Brasil. “Esperamos que este evento seja um marco para consolidação da parceria Brasil-EUA no tema inovação, e um estimulo adicional ao investimento americano em setores inovadores da economia brasileira.”, ressalta Wikings Machado, responsável pelo Núcleo de Capital Inovador do C2i.
Relevância – A participação do C2i neste evento, segundo Dauscha, deverá contribuir para o crescente reconhecimento internacional do Sistema Fiep, bem como a visibilidade de empresas paranaenses frente aos investidores norte-americanos. Durante o evento foi definido os primeiros passos para criação de uma rede paranaense de investidores, visando fomentar empresas paranaenses e, em seguida, deverá ser gerado um primeiro desenho de uma rede paranaense de investidores anjos.
Mais informações sobre o 2nd USA-BRAZIL Innovation Summit acesse www.compete.org/us-brazil.