Encontro enfatiza formação de profissionais na promoção de vida saudável

A Jornada Sul de Qualidade de Vida, promovida pelo Sesi Paraná e a ABQV, ressaltou a importância de equipes multidisciplinares nas empresas

Os desafios e oportunidades para a promoção da qualidade de vida dos brasileiros, o papel dos profissionais da saúde e equipes multidisciplinares nesse contexto e as formas de provocar a mudança para hábitos saudáveis  foram os assuntos tratados nesta quarta-feira (10) em mesa-redonda realizada durante a II Jornada Sul de Qualidade de Vida, promovido pelo Sesi Paraná e Associação Brasileira de Qualidade de Vida (ABQV), com o apoio do Sesi Nacional.

O encontro teve a participação de empresários e profissionais de indústrias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e fez parte das atividades da Semana de Promoção da Vida Saudável, que acontece em todo o país, de 27 de agosto a 03 de setembro.

Mediado pelo presidente da ABQV, Alberto Ogata, o debate deu ênfase à importância do alinhamento entre profissionais da saúde e de outros setores para promover a qualidade de vida da população. Segundo o gerente de Esporte e Lazer do Sesi Nacional, Eloir Simm, existe uma tendência da formação de equipes multiprofissionais dentro das empresas para oferecer estilos de vida saudável aos trabalhadores. Mas o que preocupa é a formação de profissionais com esse foco. “As universidades não estão percebendo o mercado de trabalho. As oportunidades estão crescendo e é preciso mão de obra qualificada”, disse.

“As instituições formadoras precisam acompanhar na expectativa real as necessidades da população na área de saúde e qualidade de vida”, afirmou  Rosane Nascimento, presidente do Conselho Federal de Nutricionistas. Para ela as instituições de ensino precisam estar antenadas aos motivos de doenças mais incidentes na sociedade, como a obesidade e hipertensão.

 “É necessário compreender o ambiente em que os trabalhadores estão inseridos, quais as práticas alimentares estão nas redondezas, qual a disponibilidade para a atividade física”, alerta. Ainda nessa linha, a formação de um cidadão ligado com as mudanças e necessidades mercadológicas e eticamente competentes, com uma formação continuada, foi defendida por Antônio Branco, do Conselho Federal de Educação Física.

Ele alertou para a participação da população nesse contexto. “A sociedade tem que aprender a buscar o melhor profissional possível”, afirma. Um exemplo citado é a procura de indicação de suplementos alimentares para profissionais de educação física, que deveria ser na realidade uma indicação de um profissional de nutrição.

Durante o debate os participantes também defenderam que a convergência entre universidades, Sistema Indústria, instituições e profissionais que tratam da saúde e qualidade de vida ou estão interligados com o assunto podem melhorar o contexto atual. “Todos têm que fazer a sua parte”, comenta Simm.

Para Rosane a harmonização e a junção dos saberes é capaz de ofertar motivação de mudança comportamental para os trabalhadores e população viverem com melhores hábitos alimentares e de saúde. “Os profissionais como os de educação física, nutrição, médicos, antropólogos e outros precisam interagir para resolver a situação que está cada vez mais preocupante”, orienta.

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