clique para ampliar   A gerente de Educação do Sesi-PR, Regina Berbetz, falou sobre os diferenciais do programa da entidade (Foto: Gilson Abreu) |
O Programa Sesi Educação do Trabalhador, que hoje já leva Ensino Fundamental e Médio ao colaborador da indústria, passará, ainda neste ano, a ofertar, junto com o ensino básico, também a qualificação profissional. O projeto já foi aprovado pelo Sesi Nacional e a previsão é que seja implantado no final do mês de outubro. Pelo projeto, será ofertado às indústrias um conjunto de opções de qualificação dos trabalhadores, para que a empresa opte pelas que mais atendem às suas necessidades.
O assunto foi um dos temas abordados no Encontro Estadual da Educação de Jovens e Adultos, realizado pelo Sesi-PR, nesta semana, em Curitiba. Participaram profissionais da área de educação da entidade; a Gerente Executiva do Senai Nacional, Juciara Rodrigues, representantes da Secretaria Estadual de Educação, dos Núcleos Regionais e do Conselho de Educação do Paraná.
O diretor-superintendente do Sesi-PR, José Antonio Fares, enfatizou que os principais movimentos do Sesi-PR, a partir de 2004, foram direcionados à educação, que é uma grande prioridade do Sistema Fiep. “O que queremos é oportunizar programas e possibilidades de acesso à inclusão social, processo no qual a educação tem papel fundamental”, disse ele, ao abrir o encontro.
Fares citou alguns programas desta área. As ações de educação continuada ofertadas pelo Sesi-PR deverão receber neste ano 240 mil matrículas. O Colégio Sesi, criado em 2005, constituiu-se em menos seis anos na maior rede particular de ensino médio, com seis mil alunos e 41 unidades. Hoje, mais de 400 indústrias paranaenses são parceiras do projeto, ofertando bolsas para os jovens.
O Colégio Sesi oferta ao jovem a opção de, a partir do segundo ano do Ensino Médio, estudar também um curso profissionalizante do Senai. “Essa ação articulada, que agora será implantada também no programa de escolarização dos trabalhadores, contribuiu fortemente para impulsionar o Colégio Sesi”, disse ele. A meta é dobrar o número de alunos e de empresas parceiras no próximo ano.
“É preciso enfatizar que o desempenho não pode ser quantitativo. Temos de nos basear na qualidade, em valores intrínsecos à vida das pessoas, para que a nossa atuação tenha dimensão social, de fato”, disse Fares.
Dentro da indústria – Pelo Programa SESI Educação do Trabalhador, a indústria pode ofertar ao seu colaborador o Ensino Fundamental e Médio. “Os grandes diferenciais do programa do Sesi é que as aulas são ministradas dentro das próprias indústrias, com flexibilidade de horários, para atender aos turnos de trabalho, e período letivo compatível com a necessidade do trabalhador”, explicou Regina Berbetz, que está representando a Gerente de Educação do Sesi-PR.
“A filosofia do Programa é a de melhorar a vida dos trabalhadores e levar o exercício da cidadania para dentro da empresa. Isso valoriza a indústria perante seu colaborador. Percebemos esse impacto positivo assim que o aluno trabalhador começa a ter contato com os livros”, afirmou Regina. Ela enfatizou, também, a metodologia SESIeduca, que é própria para o ensino de de trabalhadores, porque, entre outros pontos, enaltece o adulto e o profissional.
Segundo a gerente executiva do Sesi Nacional, Juciara Rodrigues, a entidade atua hoje com três grandes focos no que se refere à educação: a Educação de Jovens e Adultos, a Educação Básica articulada com a Educação Profissional, e as ações de Educação Continuada.
“O Sesi Nacional quer ser um centro de conhecimento e um provedor de soluções educativas para as indústrias. O primeiro e mais importante passo para isso é atuar como um sistema, de forma integrada e harmônica com os departamentos regionais do Sesi, sem prejuízo da autonomia dos Estados”, disse Juciara.