O Sistema Fiep, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Centro Internacional de Inovação (C2i), promoveu na manhã desta quarta-feira (16), um encontro entre empresários paranaenses para divulgar o programa RHAE, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) .
Durante o encontro, cerca de 40 convidados entre empresários e coordenadores de centros de pesquisas do Paraná, puderam conhecer melhor o programa RHAE, que foi apresentado pelo coordenador de capacitação tecnológica e competência do CNPq, Cemir Borges Teixeira.
O RHAE é um programa de incentivo a Micro, Pequena e Média Empresa (MPE) para o investimento em desenvolvimento de pesquisas em inovação com a contratação de mestres e doutores para coordenar estas pesquisas e, consequentemente, implantá-las dentro da empresa. Na prática, o CNPq custeia, por meio de bolsas de até R$ 300 mil, o desenvolvimento dos projetos selecionados, incluindo o pagamento dos pesquisadores. “É uma forma de incentivar as MPE’s no desenvolvimento da inovação e, também, de incluir mestres e doutores no mercado de trabalho, fora da academia”, ressalta Teixeira.
Ainda de acordo com o coordenador do CNPq, o programa também tem o objetivo de facilitar a comunicação entre a empresa e os centros acadêmicos de pesquisa. “Há uma grande diferença entre a linguagem acadêmica, onde as pesquisas são desenvolvidas, e a empresa onde os resultados devem ser aplicados. A presença do pesquisador na empresa ajuda a sanar esse problema”, explica.
Em quatro anos, desde o primeiro edital lançado em 2006, o programa RHAE já destinou cerca de R$ 150 milhões em bolsas de incentivo, atendendo aproximadamente mil empresas e integrando mais de dois mil mestres e doutores dentro destas empresas.
Aplicação prática
O encontro também contou com a apresentação de duas empresas que se beneficiaram com recursos do Programa RHAE e atingiram bons resultados com a contratação de pesquisadores para o desenvolvimento da inovação. Para o superintendente da Madeplast, Guilherme Bampi, contemplado pelo programa em 2009, a inclusão de pesquisadores na empresa fez toda a diferença na concepção do principal produto da organização, que é a madeira plástica. Bampi ainda reforçou a importância de ser uma empresa inovadora. “Ser inovador, além ajudar no desenvolvimento sustentável, dá visibilidade e gera mídia espontânea para a marca”, ressalta.
Outra empresa que foi contemplada com o programa RHAE é a Hi Technologies, fabricante de equipamentos eletro médicos. Assim como a Madeplast, a ideia da Hi Technologies teve início dentro da universidade, como empresa incubada. De acordo com o diretor financeiro da empresa, Alfredo Beckert Neto, programas como o RHAE, são uma boa oportunidade para as MPE’s viabilizarem projetos inovadores que demandam mão-de-obra altamente qualificada. “Um edital RHAE pode mudar completamente a história de uma MPE. Os pesquisadores são essenciais na construção de uma empresa inovadora”, relata.
Para 2010, o CNPq deve divulgar nos próximos dias o resultado da segunda rodada de avaliações dos projetos inscritos no edital do ano passado, no qual empresas paranaenses seguem concorrendo. Para o próximo ano, estão abertas as inscrições de projetos que podem ser feitas pelo site www.cnpq.br.