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Estreia nesta sexta-feira (26), no Teatro José Maria Santos, a peça “Como se eu fosse o Mundo”, que integra a 1ª Mostra Sesi Dramaturgia, evento especial do Festival de Curitiba. Estará em cartaz até domingo (28), com início às 21 horas.
Com texto do curitibano Paulo Zwolinski e direção de Roberto Alvim, a peça é a primeira montagem do Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná, criado no ano passado, para formar novos autores de peças de teatro. O projeto é desenvolvido em parceria com a Fundação Cultural Teatro Guaira e com o apoio do Conselho Britânico.
Paulo Zwolinski integra a primeira turma, de 16 novos autores, formados pelo Núcleo. Durante a semana a Mostra Sesi Dramaturgia apresentou também os textos de outros cinco novos autores, em leituras dramáticas. Ao todo, o primeiro ano de existência do Núcleo de Dramaturgia resultou em 16 peças, todas publicadas pelo Sesi Paraná e apresentadas ao público durante o Festival de Curitiba.
Divisor de águas – “Estou muito feliz, muito ansioso. É um sonho”, diz o autor Paulo Zwolinski, às vésperas da estreia de sua primeira peça. Formado em administração e marketing e hoje cursando pós-graduação em gestão e produção cultural, Paulo 25 anos, é também ator profissional. “Comecei a escrever justamente para suprir algumas frustrações que tive, como ator, em relação ao texto”, conta ele.
“O Núcleo de Dramaturgia foi um divisor de águas na minha vida. Eu tinha imensa vontade de escrever e também talento, mas não conseguia ir adiante. A formação pelo Núcleo potencializa tudo isso, pois nos fornece estrutura técnica e cria ambiente propício à criação”, diz Zwolinski.
Plínio Marcos, Harold Pinter, Arthur Muller, Sara Kane são alguns dos grandes dramaturgos que mais de perto falam ao novo autor curitibano. “O meu texto tem linguagem e poética próprias. Isso me deixa muito realizado”.
“O aprendizado com Roberto Alvim tem sido uma experiência incrível para todos os participantes”, afirma ele. O dramaturgo e diretor carioca Roberto Alvim ministra a principal oficina de formação de novos autores do Núcleo de Dramaturgia.
O novo autor ressalta outro aspecto da formação, que é o aprendizado para exercer crítica fundamentada. “Uma coisa é tentar escrever usando apenas a vontade e o talento. Outra, bem diferente é escrever com apoio de diretores e dramaturgos experientes. Paulo já está concluindo um segundo texto (fora do Núcleo) e pretende iniciar uma nova obra na próxima etapa da formação do Núcleo de Dramaturgia.