Um grupo de cerca de 40 empresários e representantes de sindicatos empresariais, capitaneados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), esteve na tarde desta segunda-feira (8) na Assembleia Legislativa, acompanhando a entrega do projeto de lei em que o governo do Estado propõe reajustes para o salário mínimo do Paraná. “Os empresários não são contra esse piso regional. O que questionamos são os índices de reajuste que estão sendo propostos pelo governo”, afirmou o coordenador do Conselho Temático de Relações do Trabalho da Fiep, Amilton Stival.
Pelo projeto entregue nesta segunda pelo vice-governador Orlando Pessuti à Assembleia, o salário mínimo paranaense terá reajustes que variam de 11,9% a 21,5%, dependendo da categoria profissional a que pertence o trabalhador. “Todas as negociações salariais no Brasil tem como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que fechou 2009 com variação de 4,1%. Com os índices propostos para o Paraná, muito maiores do que o INPC, teremos uma perda de competitividade dos produtos paranaenses em relação aos de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que possuem mínimos regionais menores do que o nosso”, justificou Stival.
Nas próximas semanas, os empresários tentarão mostrar aos deputados as consequências que os índices de reajuste do mínimo podem trazer para a economia do Paraná. A classe empresarial teme o aumento de custo de produção e a consequente perda de competitividade em relação a outros Estados uma vez que o piso do Paraná já é o maior do Brasil. A expectativa é que haja uma ampla discussão sobre o projeto na Assembleia antes que vá a votação em plenário.