clique para ampliar   Rocha Loures, durante a abertura: apelo pela mobilização (Foto: Rogério Theodorovy) |
“Não há sustentabilidade sem inovação e sem transformações culturais e na educação”. Foi assim que o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, abriu nesta terça-feira (20) o 2º Congresso Nacional de Responsabilidade Socioambiental. Promovido pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento do Paraná (ABTD-PR) e com apoio do Sistema Fiep e do governo do Estado, o evento acontece até esta quinta (22), no Cietep, em Curitiba.
Na abertura do congresso, Rocha Loures destacou a preocupação do Sistema Fiep com as questões ligadas à sustentabilidade ambiental e social. “Temos nos dedicado muito a esse assunto e chegamos a uma conclusão: não há sustentabilidade sem inovação. Por isso defendemos a adoção de uma nova matriz energética, com utilização de energias renováveis, e uma transformação cultural, com mudanças de hábitos de consumo”, afirmou.
Para o presidente da Fiep, essas mudanças só ocorrerão com a mobilização dos vários atores envolvidos na questão, como governos, universidades, ambientalistas, pesquisadores e empresários. “Todos os atores precisam identificar as mudanças necessárias para termos um sistema sustentável. Mas uma área em especial tem importância sistêmica, que é a educação, especialmente a educação superior”, declarou Rocha Loures. “O que os engenheiros fazem nas empresas, por exemplo, tem muito a ver com o que aprendem na escola. Portanto, as mudanças necessárias na indústria para que se alcance a sustentabilidade precisam ser identificadas junto com a academia”, complementou.
Como forma de mobilização dos diferentes atores envolvidos na questão da sustentabilidade, Rocha Loures convidou os participantes do congresso a comparecerem à próxima edição do Global Fórum América Latina, que acontece entre 4 e 6 de novembro, também no Cietep. O evento terá o tema “Competências estratégicas para os negócios frente as mudanças climáticas” e vai discutir meios para que ocorram as transformações necessárias para se alcançar a sustentabilidade.
Além do presidente da Fiep, participaram da solenidade de abertura do congresso os secretários estaduais do Meio Ambiente, Rasca Rodrigues, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Lygia Pupatto. Ainda na noite de terça-feira, houve uma palestra com o diretor da Fundação Roberto Marinho, Nelson Savioli, que falou sobre “Socioambientalismo e educação”.
Sistema Fiep apresenta ações
Dentro da programação do 2º Congresso Nacional de Responsabilidade Socioambiental, nesta quinta-feira (22), às 10 horas, acontece um painel com o tema “A Contribuição do Sistema Fiep para a Responsabilidade Socioambiental da Indústria”. A apresentação será feita pelos técnicos da área ambiental do Senai Paraná, Adilson Luiz de Paula Souza e Renata Thereza Fagundes Cunha, além do gerente da unidade de São José dos Pinhais, Elcio Herbst, também especialista na área.
No painel, os técnicos vão mostrar uma série de ações adotadas pelo Sistema em prol da sustentabilidade socioambiental. Entre elas, os Programas de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS) que o Senai implanta tanto em unidades do próprio Sistema como em empresas de diferentes setores industriais, através de consultorias.
Além disso, serão apresentadas a Bolsa de Reciclagem e a Bolsa Social de Materiais de Construção, ambas administradas pelo Senai CIC, de Curitiba. Na primeira, cerca de 5 mil empresas podem publicar anúncios de procura, oferta ou doação de resíduos industriais, além de se atualizar sobre o assunto e divulgar outros produtos e serviços. Na segunda, sobras de materiais da construção civil são destinadas a instituições sociais.
Além disso, os técnicos vão apresentar os projetos de neutralização de carbono de eventos realizados pelo Sistema. “Temos muitas ações que levam em conta a responsabilidade socioambiental e é isso que vamos mostrar. Um congresso como esse é muito importante, porque além de podermos mostrar nossas ações, temos condições de conhecer outros casos, o que contribui para nossa atuação”, afirma Souza.