Empresários defendem criação do Ministério do Exterior

Proposta foi apresentadas durante o Seminário de Logística Integrada e Comércio Exterior

clique para ampliar Coordenadora do CIN, destacou importância da logística para o comércio exterior (Foto: Rogério Theodorovy)

A edição de uma lei específica de comércio exterior e a criação do Ministério do setor, incluindo todos os órgãos que atuam na área foram algumas das sugestões apresentadas nesta quinta-feira (24) no VI Seminário de Logística Integrada e Comércio Exterior, realizado em Curitiba. Segundo especialistas e profissionais que atuam na área, as medidas representariam menos burocracia, e mais eficiência no processo de exportações, garantindo mais competitividade ao produto nacional.

 “Precisamos criar o ‘Porto sem Papel’ – sem burocratização demasiada, com uma proposta logística integrada à cabotagem e outras ações facilitadoras para o nosso comércio exterior”, defendeu Zulfiro Bósio, presidente do Sindicato do Comércio e Exportação e Importação no Paraná (Sindiexpar), promotor do evento em parceria com a Associação de Comércio Exterior do Brasil, com apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN).

Segundo Bósio, é impossível continuar trabalhando dentro desse sistema com altos custos diretos e indiretos transferidos para os empresários do setor. De acordo com ele, são mais de 3 mil leis e 19 Ministérios envolvidos nas operações de exportação e importação.

“A logística é fundamental no processo de exportação e tem impacto direto na competitividade do produto”, destaca Janet Pacheco, coordenadora do CIN, que participou do evento. Para ela, a iniciativa do evento foi muito importante e permitiu a apresentação de propostas de soluções conjuntas para facilitar o trabalho das empresas paranaenses. “Os temas debatidos, como infraestrutura, modernização, investimentos e políticas setoriais são muito pertinentes”, afirmou.

A analista de Logística Internacional da Copacol, Débora Campestini, defende novos processos e procedimentos que garantam mais competitividade para os produtos brasileiros. “As ideias surgidas aqui podem contribuir neste sentido”, disse, informando que 35% da produção da cooperativa tem como destino o mercado externo. Mensalmente, 210 conteineres são embarcados para o Japão, África do Sul e países da Europa e do Oriente Médio.

Além de empresários, técnicos, profissionais da área de comércio exterior, o evento contou com a participação de Juvelino de Gomes Pires, diretor e coordenador de logística integrada da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), Luis Fernando Resano, diretor do departamento de sistemas de informações portuárias da Secretária Especial de Portos e John Edwin Mein, coordenador executivo do Instituto Miaça/Procomex.

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