Fiep discute projeto do Tecnopolo de Londrina

Encontro na sede da PUC-PR, em Curitiba, ajudou na mobilização para viabilizar centro de transferência de tecnologia no Norte do Estado

clique para ampliar Rocha Loures, ao lado do prefeito Barbosa Neto, durante o encontro na PUC (Foto: Gilson Abreu)

A criação de um polo de inovação e transferência de tecnologia em Londrina foi discutida nesta sexta-feira (18), na sede da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba. A iniciativa, coordenada pela prefeitura do município, tem como parceira estratégica a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), que esteve representada no encontro pelo presidente Rodrigo da Rocha Loures. Nas próximas semanas, a PUC-PR deve assinar um protocolo de intenções, passando a colaborar com ações para viabilizar o projeto.

A instalação do Tecnopolo de Londrina é um antigo sonho do município. O presidente da Associação de Desenvolvimento Tecnológico de Londrina e Região (Adetec), Cláudio Tedeschi, que integrou a comitiva londrinense na visita à PUC-PR, explicou que o projeto inicial foi elaborado há 15 anos. Mas, até hoje, a proposta nunca saiu do papel, especialmente por falta de empenho do poder público municipal.

Agora, o prefeito Barbosa Neto assumiu a criação do Tecnopolo como uma das bandeiras de sua administração. “Londrina tem todo o interesse em avançar em um protocolo de intenções e não faltará vontade política para trazer recursos e fazer com que o Tecnopolo saia do papel”, declarou o prefeito.

Rodrigo da Rocha Loures ressaltou que a união entre todos os atores envolvidos no processo de inovação tecnológica – academia, empresas e poder público – vai ajudar na implantação do Tecnopolo de Londrina. “Isso facilita a busca por recursos e investimentos. Vejo o prefeito muito alinhado com o fato de valorizar a inovação e isso é muito auspicioso. Temos que dar todo o apoio a esse projeto”, afirmou o presidente da Fiep.

Setores estratégicos

Com um custo estimado de cerca de R$ 50 milhões para que seja implantado – incluindo as obras de infraestrutura necessárias e a construção dos edifícios e laboratórios previstos – o Tecnopolo de Londrina vai colaborar no crescimento industrial da região Norte do Paraná. Para definir as áreas de conhecimento que serão priorizadas, o projeto leva em conta o estudo da Fiep que identificou os setores portadores de futuro no Estado. Assim, áreas como de tecnologia da informação, biocombustíveis, genética, alimentos e design de moda, entre outras, devem ganhar especial atenção.

Rocha Loures defendeu ainda que o Tecnopolo de Londrina dê especial atenção à questão da sustentabilidade. “Junto com Curitiba, Londrina opde ajudar o Paraná a ser um grande centro de disseminação de tecnologia e energia limpa”, disse.

Exemplos

Para aprimorar o projeto e buscar novos parceiros para o Tecnopolo, membros da administração municipal de Londrina e empresários da região têm visitado centros de inovação e transferência de tecnologia tanto no Brasil quanto no exterior. Ontem, em Curitiba, eles assistiram a uma apresentação sobre o recém-criado Tecnoparque da PUC-PR e conheceram suas instalações.

Para o diretor do Tecnoparque da universidade, Luiz Márcio Spinosa, a experiência da PUC-PR ao criar o centro de tecnologia pode contribuir com o projeto de Londrina. Ele também ressaltou a necessidade de união entre os diversos atores envolvidos no processo para captação de investimentos. “Sem vontade política e mobilização, não há como criar um tecnoparque. Os recursos estão disponíveis, mas nenhum dos atores, seja universidade, poder público ou empresa, consegue captá-los se agir sozinho”, justificou. No caso da PUC-PR, Spinosa considera que foram fundamentais as parcerias com o poder público local e a Fiep para viabilizar o centro tecnológico da instituição, que está inserido dentro do projeto do Tecnoparque de Curitiba.

Nesta sexta, a comitiva de Londrina conheceu também o projeto desenvolvido pela prefeitura da Capital. Segundo o diretor técnico da Agência Curitiba, Alexandre Cordeiro, em um ano e meio de implantação do projeto do Tecnoparque, 102 empresas já assinaram compromissos para instalação na cidade. Elas devem investir cerca de R$ 162 milhões e gerar 13,2 mil empregos diretos. Segundo o prefeito Barbosa Neto, o modelo implantado em Curitiba também servirá de exemplo para o Tecnopolo de Londrina.

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