clique para ampliar   Consultorias em análise sensorial não demandam altos investimentos (Foto: Gilson Abreu) |
Testes físicos, químicos ou microbiológicos podem não ser suficientes para detectar algum tipo de problema na produção. Em muitas situações recorre-se ao alvo do produto, o consumidor, só que de forma indireta. Trata-se da análise sensorial, um conjunto de técnicas que utiliza os cinco sentidos humanos (olfato, paladar, tato, audição e visão) para desenvolver e qualificar alimentos, bebidas, cosméticos, produtos de higiene e até cigarros.
“As indústrias desses setores têm utilizado muito essa metodologia. Quando as análises padrões não dão as respostas, utilizar os sentidos humanos pode ser o determinante”, explica Isabela Ferrari, engenheira do Senai. “O sabor rançoso de um produto, por exemplo, só poderá ser detectado com a utilização do sentido gustativo”, exemplifica a profissional.
A metodologia da análise sensorial, diz ela, começou depois da segunda guerra mundial, sendo muito comum no Brasil na qualificação de produtos como café, vinho e cerveja. “Atualmente, há uma diversidade grande do que pode ser analisado sensorialmente”, diz Isabela, destacando que a metodologia se estende também para micro e pequenas empresas. “As consultorias nesta área não demandam investimento alto”, observa.
O Senai Empresas, área do Senai que realiza serviços técnicos e tecnológicos, oferece consultoria e treinamento em análise sensorial. O trabalho já foi desenvolvido para as empresas Kraft Foods e Corn Products e atualmente a consultoria está sendo prestada à indústria de óleos Imcopa, de Araucária.
“Toda a consultoria é feita de acordo com os padrões da empresa. Ou seja, é personalizada para atender às necessidades específicas de cada uma”. O treinamento do grupo de pessoas que serão os provadores também faz parte da consultoria.
Garantia de qualidade
Na Imcopa, indústria que está recebendo a consultoria do Senai desde junho, os resultados positivos já aparecem. De acordo com a microbiologista da empresa, Edicléia Rzescutko, a certeza da garantia da qualidade do produto é o maior ganho. “Quando terminarmos a consultoria iremos levar o treinamento para nossa filial de Cambé”, conta a profissional.
Segundo ela, haverá redução de custos, visto que poderão detectar qualquer problema ainda no processo de produção. “Teremos um grupo de 20 pessoas que serão nossos painelistas (provadores). Eles serão treinados e farão os testes sensoriais no produto enquanto este ainda estiver no tanque, antes do envase”, explica Edicléia.
A metodologia da análise sensorial que já era desenvolvida na empresa está sendo aprimorada com a consultoria. “O trabalho do Senai Empresas nos ajudou muito. Tivemos uma direção para seguir, com acompanhamento profissional em todas as etapas do processo de implantação efetiva da metodologia”, avalia a profissional.
Para mais informações, as empresas podem entrar em contato pelo telefone: 0800 643 7475 ou acessar www.pr.senai.br.