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As vendas da indústria paranaense caíram 6,69% no primeiro semestre de 2009 em comparação com o mesmo período do ano passado, informou nesta terça-feira (04) o Departamento Econômico da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em seu relatório mensal sobre o desempenho industrial do Estado. Em junho, a indústria paranaense registrou uma oscilação negativa de 0,5% na comparação com o mês anterior. Apesar do resultado negativo, a situação das vendas industriais vem melhorando ao longo do ano. “Este é um leve sinal de melhora na atividade industrial, já que até julho de 2008 a economia não houvera ainda recebido as conseqüências da crise financeira internacional”, afirma o coordenador do Departamento Econômico da Fiep, Maurílio Schmitt. A tendência é que 2009 tenha um comportamento similar a 2007.
Doze dos 18 gêneros industriais pesquisados pela Fiep registraram queda nas vendas em junho. O gênero de maior participação relativa na indústria paranaense, Alimentos e Bebidas, retraiu suas vendas em 7,35%, influenciando o resultado global. As maiores quedas foram em Edição e Impressão (-44,90%) e Vestuário (-7,63%). Por outro lado, os outros dois gêneros de maior participação relativa na indústria aumentaram suas vendas na comparação com o mês anterior: Refino de Petróleo e Produção de Álcool cresceu 7,76% e Veículos Automotores, 17,67%. Os gêneros que apresentaram maior crescimento foram Couros e Calçados (21,81%), Produtos Têxteis (14,76%) e Metalúrgica Básica (11,20%).
Com o resultado, 13 dos 18 gêneros pesquisados apresentam resultados negativos no semestre. Os únicos a acusarem resultados positivos foram Edição e Impressão (91,16%), Alimentos e Bebidas (3,22%) e Artigos de Borracha e Plásticos (0,8%). A queda composta para este período é decorrente basicamente razão da performance positiva do agronegócio industrial.
Emprego e compras – O nível de emprego no mês sofreu uma oscilação negativa de 0,71%. Doze dos 18 gêneros industriais apresentaram queda, especialmente Edição e Impressão (-16,92%) e Refino de Petróleo e Produção de Álcool (-10,06%). A massa salarial líquida reduziu-se em 1,15%, as horas trabalhadas recuaram 0,35%, enquanto a utilização da capacidade instalada manteve-se em 77%.
Já as compras de insumos caíram 0,25% em junho, alcançando um patamar 19,96% menor que o do primeiro semestre de 2008. “A indústria prossegue adequando suas compras e estoques a um novo nível de atividade econômica. É evidente a desova de estoques e a cautela em realizar novas encomendas, devido à falta de clareza sobre a atividade econômica futura”, diz Schmitt.
Na avaliação de Schmitt, junho é um mês em que a indústria tradicionalmente aumenta seu quadro de funcionários, devido à preparação para o segundo semestre, historicamente o maior em atividade industrial. “Os sinais de melhoria nas vendas industriais não estão sustentados por outras variáveis, indicando que o setor fabril ainda não tem uma visão clara do que deva acontecer no segundo semestre”, completa.