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O Programa Voluntário Kraft, o projeto Educação para a Sustentabilidade, desenvolvido pela Pormade, de União da Vitória; o Centro Volvo Ambiental; o processo da Petrobras para seleção pública de projetos sociais; o projeto Atleta do Futuro, da CNH Latin América; o programa “Peça por Peça” desenvolvido pelo Instituto Robert Bosch, e o projeto Liberdade Construída, Risotolândia, foram algumas das iniciativas na “Arena Social Sesi”, durante o Congresso Paranaense de Recursos Humanos, realizado em Curitiba, de 03 a 05 de junho.
Todas essas empresas integram o Núcleo de Indústrias e Sindicatos Empresariais do Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), do Sistema Fiep. A apresentação de seus cases aconteceu durante o Fórum de Desenvolvimento do CPCE, que abriu as atividades da Arena Social, na quarta-feira (03)
Promovido pela seccional do Paraná da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH), o CONPARH recebeu mais de 2.500 pessoas, entre profissionais da área e os que têm papel de liderança nas organizações, públicas e privadas.
Parceria do Sesi-PR e a ABRH-PR, a Arena Social constitui-se em espaço diferenciado dentro do Congresso. Construída integralmente com material de origem orgânica, reciclável e reaproveitáveis, a Arena Social mostrou ao público os projetos das empresas e do Sistema Fiep, que contribuem para o alcance dos Objetivos do Milênio. “A intenção é disseminar as boas práticas corporativas e também apresentar os projetos sociais do Sistema Fiep, buscando uma maior articulação com as indústrias em ações relacionadas aos Objetivos do Milênio”, explica o diretor-superintendente do Sesi-PR, José Antônio Fares.
Voluntário – A Kraft Foods Brasil tem presença marcante no movimento de voluntariado corporativo. O Programa Voluntário Kraft reúne 1.200 colaboradores da empresa no Brasil – dos quais cerca de 800 da fábrica de Curitiba. “Trabalhamos durante todo o ano em ações sociais e também em iniciativas de mobilização dos demais colaboradores, de familiares e parceiros”, explicou Izabela Lima, coordenadora do programa.
O programa é desenvolvido pelos colaboradores, com apoio da empresa. Os voluntários atuam junto a entidades que atendem idosos, pessoas com deficiência, crianças e adultos, além de ações ambientais e de empreendedorismo juvenil. “Temos um leque de opções, para que as pessoas possam se identificar com a causa e desenvolver habilidades para lidar com o público”, explicou Izabela.
Os voluntários são capacitados pela coordenação do programa e também por consultores externos, que repassam informações sobre o movimento voluntário corporativo em todo o país. Além da forte atuação da empresa, a Kraft integra o Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial, que reúne 23 empresas de todo o País e tem encontros regulares no Rio de Janeiro para discutir o tema, trocar experiências e materiais e disseminar o conceito. Além disso, tem forte participação no CPCE, atuando em atividades como o Dia do Voluntariado (Dia V) e Semana da Cidadania e Solidariedade.
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Educação – Através do programa “Educação para a Sustentabilidade”, a Pormade-Portas de Madeira oferta educação básica, inclusão digital e cursos profissionalizantes para seus trabalhadores e familiares e para a comunidade. “Procuramos valorizar o colaborador e a família e contribuir para o desenvolvimento da comunidade”, explicou a gerente de RH da empresa, Hermine Schereiner, na apresentação feita na Arena Social. Segundo ela, são 600 crianças e jovens beneficiados pelo ensino fundamental e médio. A inclusão digital atende a cerca de 200 pessoas ao ano, desde 1998. Outras 150 pessoas por ano são atendidas com cursos profissionalizantes, que permitem ampliar a renda familiar.
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Meio Ambiente – Um dos projetos apresentados pela Volvo é relacionado ao meio ambiente. Num bosque de 200 mil metros quadrados, dentro da área da empresa, Cidade Industrial de Curitiba, foi instalado o Centro Volvo Ambiental, onde são promovidas ações de cultura, pesquisa e lazer. “O espaço é aberto não só aos colaboradores, mas também para a comunidade e escolas”, explicou Caroline Bedran, da área de saúde, segurança e meio ambiente da empresa. Segundo a iniciativa é da Associação Viking, de funcionários da Volvo, com apoio da empresa e também da Lei Rouanet (de incentivo fiscal).
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Transparência – A Petrobras mostrou o trabalho para selecionar os projetos sociais que recebem o apoio da empresa. O critério da empresa para o projeto, o modelo de apresentação e as formas de seleção e julgamento são disponibilizados na internet e podem ser acessados por municípios e entidades que tenham propostas de ação. “Fazemos também ampla divulgação, que inclui ‘caravanas sociais’ para apresentar o processo ao público interessado”, explicou a representante da empresa, Elizabete Pontes.
“A seleção dos projetos inscritos é feita por comissão formada por profissionais da empresa e de organização do terceiro setor, e por visitas técnicas. A liberação da verba é definida de acordo com a pontuação que o projeto recebe”, informou Elizabete. No Paraná, são apoiados projetos em diversos municípios da área de abrangência da Repar e da unidade de xisto – Araucária, Balsa Nova, Curitiba (no bairro Tatuquara), Lapa, Porto Amazonas, São João do Triunfo e São Mateus do Sul.
Atleta do Futuro – A CNH Latin América levou à Arena Social o projeto Atleta do Futuro, que aplica metodologia desenvolvida pelo Sesi e que busca desenvolver nas crianças e jovens o hábito da prática esportiva, através de ações socioeducativas. A empresa patrocina o projeto, que é desenvolvido por colaboradores. Hoje, atende a 80 crianças, filhos dos colaboradores e de famílias das comunidades no entorno da empresa.
Peça por Peça – A educação é também a base do programa “Peça por Peça”, desenvolvido pelo Instituto Robert Bosch na Vila verde e na Vila Barigui, em Curitiba. O programa é focado na educação continuada e planejada e no desenvolvimento social sustentável de comunidades parceiras, tendo como centro referência a escola pública. É desenvolvido em parceria com a secretaria Municipal da Educação, unidades de Saúde das Vilas Verde e Barigui, Instituto E-Tibagi e Sesi Paraná. As comunidades onde está presente somam cerca de 35 mil pessoas.
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Liberdade Construída – A Risotolândia, de Araucária, abriga entre os 700 funcionários de sua sede 40 detentos da Colônia Penal Agrícola, em final de cumprimento de pena. Eles fazem parte do projeto Liberdade Construída, que é uma das diversas ações de responsabilidade social da empresa. Segundo a gerente de Recursos Humanos da empresa, Benildes Vieira, a Risotolândia já possui dois outros projetos dentro da Colônia Penal Agrícola: o de cultivo de hortas e o de canteiro de mudas de pinheiro. “O Liberdade Construída é o primeiro projeto em que os detentos são trazidos para a empresa. O resultado é muito positivo para os próprios detentos e também para os nossos trabalhadores”, destacou. O projeto começou em setembro de 2008, após um convênio firmado com a Secretaria Estadual de Justiça e o Departamento Penitenciário (Depen). A gerente explicou que o projeto está dentro dos critérios da Lei de Execução Penal, que prevê a remuneração de 75% do salário mínimo nacional e a redução de pena de um dia para cada três dias trabalhados. “Fizemos um grande trabalho de sensibilização dos funcionários”, disse Benildes, acrescentando que os detentos trabalham completamente integrados e com todos os benefícios que têm os demais, como transporte, uniforme e alimentação. “O impacto é positivo para o próprio trabalhador detento, para a família, para a empresa e para a sociedade que receberá cidadãos já integrados à comunidade”, enfatizou.