O Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná, com o apoio do Conselho Britânico, traz a Curitiba nesta quinta-feira (30) as diretoras Roxana Silbert e Tessa Walker, ambas da Paines Plough, uma das mais importantes companhias de teatro da Inglaterra. Ao lado dos brasileiros Roberto Alvim e Aderbal Freire Filho, elas participam da mesa-redonda “A visão do diretor sobre a Nova Dramaturgia: a perspectiva Brasileira e a Britânica”, que acontece no Teatro José Maria Santos, a partir das 19h30.
O debate é uma atividade do Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná, criado neste ano, para formar novos autores de peças teatrais. A mesa-redonda é dirigida aos participantes do programa de formação e também aberta ao público geral. A entrada é gratuita e a inscrição pode ser feita pelo site www.fiepr.org.br/nucleodedramaturgia. As vagas são limitadas.
O Núcleo de Dramaturgia faz parte das ações do Sesi Paraná para abrir aos trabalhadores das indústrias e à comunidade o acesso a conhecimento e bens culturais. O Núcleo tem a parceria do Centro Cultural Teatro Guaira e o apoio do Sindicato das Indústrias Audiovisual do Paraná.
O projeto é inspirado no Núcleo de Dramaturgia Sesi São Paulo – British Council, criado em 2007. O Conselho Britânico presta apoio cultural trazendo para Curitiba os autores e diretores que vêm participar das atividades de São Paulo. Antes do debate em Curitiba Roxane e Tessa ministram workshop em São Paulo
Renome internacional – Diretora artística da Paines Plough e há quatro anos associada da Royal Shakespeare Company, Roxana foi vencedora do ciclo Ravenhil for Breakfast do Traverse Theatre, realizado no ano passado no Festival de Edimburgo, na Escócia.
Já Tessa Walker é diretora literária da companhia britânica. Ela carrega em sua bagagem teatral variadas obras como Black Crows de Linda Brogan, Orange de Alan Harris, entre outras.
Com mais de 30 anos de existência, a Plaines Plough foi a companhia inglesa responsável pelo lançamento de alguns dos mais importantes dramaturgos da história, incluindo Sarah Kane, Mark Ravenhill e Dennis Kelly.
Perspectiva brasileira – O carioca Roberto Alvim ministra as oficinas do Núcleo de Dramaturgia Sesi Paraná. Ele e Aderbal Freire Filho participam da mesa-redonda para tratar da perspectiva brasileira sobre a Nova Dramaturgia.
Alvim, além de autor teatral, é também diretor, ator e foi professor de História do Teatro e Literatura Dramática no Curso Profissionalizante da CAL (RJ) e lecionou Dramaturgia na Universidade de Córdoba.
É autor de 16 peças, encenadas no Rio de Janeiro, São Paulo, França, Argentina e Suíça. Tem sua obra traduzida para o italiano, francês, espanhol e grego, e há publicações teóricas sobre o seu trabalho no Brasil, Argentina, Espanha e França.
Foi o primeiro dramaturgo brasileiro publicado na mais importante coleção de dramaturgia contemporânea européia, a Les Solitaires Intempestifs, com sua peça “Às vezes é preciso usar um Punhal para Atravessar o Caminho”, traduzida para o espanhol e publicada na Espanha e na Argentina. Seus últimos trabalhos no Rio foram Pelecarnesangueossos; Todas as Paisagens Possíveis, Qualquer Espécie de Salvação, Às Vezes É Preciso Usar um Punhal para Atravessar o Caminho e Mundo Pânico.
Aderbal Freire Filho criou a maioria dos espetáculos na cidade do Rio de Janeiro a partir de 1972. Também encenou espetáculos em Buenos Aires, Amsterdã e Madri. Em Montevidéu, dirigiu a Comédia Nacional Del Uruguay e a Institución Teatral El Galpón.
Ganhou os prêmios Moliére, Golfinho de Ouro, Mambembe, Florêncio (Uruguai) e os prêmios Shell por sua direção de A Prova e O Que Diz Molero. À frente do Centro de Construção e Destruição do Espetáculo dirigiu A Mulher Carioca aos 22 Anos, Lampião, Rei Diabo do Brasil, O Tiro que Mudou a História, Turandot, ou O Congresso de Intelectuais, Senhora dos Afogados, No Verão de 1966 e Luzes da Boemia.
Assinou também a direção de Mão na Luva, As I Like It, Reveillon, Casa de Boneca, Cão Coisa e a Coisa e o Homem, A Prova, A Peça sobre o Bebê, Tio Vânia, O Que Diz Molero, Dilúvio em Tempos de Seca e Púlcaro Búlgaro. Recentemente, Aderbal dirigiu Wagner Moura na bem-sucedida.