Rocha Loures pede mudança na política monetária

Presidente da Fiep fez pronunciamento em Brasília, nesta quinta, durante seminário promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social


O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, afirmou nesta quinta-feira (05) que o desenvolvimento do Brasil depende de uma mudança na política monetária. “Se quisermos realmente nos transformar num país desenvolvido será preciso mudar a política monetária”, disse ele durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, promovido pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) da presidência da República, em Brasília.

Rocha Loures falou diretamente para o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, uma das autoridades federais presentes ao encontro, que também contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, da ministra Dilma Roussef, e dos ministros Guido Mantega e José Múcio Monteiro. “A crise nos dá a oportunidade de enfrentar essa trava do nosso desenvolvimento. Aproveitar esta oportunidade requer determinação”, reforçou, destacando que a política monetária se converteu em um problema estrutural do País.

O presidente da Fiep foi um dos seis conselheiros do CDES convidados a se manifestar após as explanações feitas pelo presidente Lula e pelos ministros presentes acerca das possibilidades de desenvolvimento do Brasil e sobre as medidas de enfrentamento da crise financeira que o governo está adotando. “Reduzir substancialmente os juros básicos e os spreads bancários é também enfrentar um problema estrutural do Brasil”, disse o empresário. 
Segundo Rocha Loures, para organizar uma agenda de desenvolvimento o governo precisa se convencer que há muitos anos a atual política monetária brasileira deixou de ser uma ferramenta de gestão do curto prazo. “Não há competitividade que possa ser sustentada no médio e longo prazo se mantidas estas condições. O governo tem que se organizar para adotar medidas de impacto sistêmico”, afirmou. 

De sua parte, os membros do governo se concentraram em demonstrar aos participantes do seminário as medidas que vem sendo adotadas para enfrentar os reflexos da crise mundial e gráficos com os quais sustentaram que a economia brasileira está reagindo à turbulência internacional. “Seremos os primeiros a sair da crise”, afirmou o presidente. “Diferente de outros tempos, o hoje o Estado não é mais um estorvo, mas um indutor do crescimento”, sustentou Lula.

 

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