Crise Financeira

Fiep quer plano para atender a toda a economia

Fiep quer plano para atender a toda a economia

Federação sugere a adoção de uma política pró-desenvolvimento e pede ao presidente Lula uma posição mais firme em relação à crise

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, entregou nesta quinta-feira (06/11) ao presidente Lula, durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da presidência da República, um documento no qual pede ao governo um plano de enfrentamento da crise financeira que atenda a economia com um todo.

“O governo tem adotado medidas assertivas. Contudo, temos enfrentado questões tópicas com ações focadas para apagar fogueiras em setores com alto poder de pressão sobre o aparato público. Com tal enfoque, corremos o risco de dissipar nossas reservas sem nos preparar adequadamente para os tempos que virão”, diz o empresário.

Para Rocha Loures, o Brasil ainda não tem um plano estratégico que possa apoiar todos os setores econômicos do país. “A instabilidade e a volatilidade dos mercados exigem uma nova atitude da autoridade brasileira. É imperativo aplicarmos nossas competências para tratar a crise a partir de uma nova visão. Aqui reside a questão focal. É preciso adotar um tratamento sistêmico para, no mínimo, reduzir os impactos econômicos que certamente atingirão o nosso País”, destaca o presidente da Fiep.

No documento encaminhado ao presidente da República, Rocha Loures afirma que “a nova atitude pedida pelo País passa pela adoção de uma política econômica pró-desenvolvimento, que dê atenção à produção real e a necessidade imperiosa de investir em inovação”. “Neste sentido, pedimos ao presidente Lula uma posição mais firme junto aos seus colaboradores para a elaboração de políticas públicas que favoreçam o desenvolvimento sustentável do Brasil e contribuam para o enfrentamento da crise”, afirma.

O texto também expõe a preocupação do setor produtivo com questões como o câmbio, redução dos gastos de custeio do governo, política monetária, crédito e capital de giro, investimento e inovação. “Com este trabalho de análise e proposições espero sinceramente estar contribuindo para a construção de um ambiente que ajude o Brasil a crescer. É olhando para o futuro que devemos caminhar”, finaliza o documento assinado pelo presidente da Fiep.

Ao presidente da República cabe a responsabilidade de escolher caminhos para evitar que a crise contagie o Brasil de modo mais grave. Para tanto ele deve, é claro, ouvir os seus colaboradores, mas sem se subordinar à lógica da burocracia tecnicista da área pública. 
Leia a íntegra do documento aqui.

 

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