Incentivo ao Esporte

Seminário discute potencial da lei, das empresas e da mídia

Seminário discute potencial da lei, das empresas e da mídia

Promovido pelo Sesi Paraná e parceiros, o encontro discutiu as  possibilidades de investimentos e desenvolvimento do esporte

O esporte é uma área promissora para investimento no Brasil, devido ao seu potencial para gerar transformação e desenvolvimento social. As possibilidades são inúmeras e podem ser subsidiadas com recursos oriundos da renúncia fiscal de empresas e pessoas físicas. Uma delas é a Lei Federal de Incentivo ao Esporte, em vigor desde agosto de 2007, e que permite a destinação de parte do imposto de renda devido a projetos nesta área.

Essa foi uma das conclusões surgidas do Seminário “Leis de Incentivo ao Esporte”, realizado pelo Sesi Paraná, em parceria com a  Associação Comercial do Paraná, Universidade Livre do Comércio, Conselho Regional de Contabilidade do Paraná, Prefeitura de Curitiba, Secretaria de Esporte e Lazer, Paraná Esporte e Sesc. O evento foi encerrado nesta sexta-feira (31). 

“Além de detalhar a lei, o encontro serviu para evidenciar a necessidade de um trabalho coletivo e integrado em prol de um plano para o esporte no Paraná”, disse o coordenador do Núcleo de Inovação em Esporte e Lazer do Sesi-PR, Roberto Costacurta.

Pela lei federal de incentivo ao esporte, pessoas físicas podem doar ou usar como patrocínio até 6% do imposto devido, e as pessoas jurídicas, 1%.  “O maior beneficiário da lei é a sociedade. O que precisa ser feito agora é ampliar as ações de sensibilização do empresariado para investir em projetos esportivos”, afirmou o coordenador de Esporte e Lazer do Sesi Nacional, Luiz Carlos Marcolino.

Ele anunciou que a partir de fevereiro de 2009 o Sesi desenvolverá um projeto de capacitação dos profissionais da entidade e das empresas sobre a legislação, as possibilidades de investimento, elaboração de projetos e prestação de contas.

Marketing do esporte – O publicitário e escritor, ex-dirigente de futebol, Ernani Buchmann, ressaltou a importância do investimento e valorização da prática esportiva. “Só assim o Brasil se transformará numa potência, com atletas disputando competições em condições semelhantes aos de outros países”, disse ele, que participou da mesa redonda sobre “a visão social do marketing do esporte”.

Buchmann lembrou que o Brasil começou a investir no esporte há pouco tempo. “Até a década de 50, nao tínhamos expoente no esporte. A politica esportiva brasileira começou a ser desenhada nos últimos 40 anos”, disse ele, enfatizando que o empresariado tem papel fundamental no investimento.

“As empresas deveriam ter uma política para o esporte, que previsse um investimento global em projetos e atividades esportivas, e não apenas no patrocínio de atletas. A responsabilidade da empresa é muito mais que colocar sua logomarca na camisa de um time de futebol”, afirmou.

Segundo o jornalista esportivo Jasson Goulart, a mídia tem papel relevante na difusão de práticas esportivas e cidadania. “É necessário aliar responsabilidade social, esporte e cidadania. A mídia tem a capacidade de prover a mobilização social, por isso é importante a divulgação de práticas que provocam mudança social”, disse o jornalista.

Jasson apresentou reportagem  que mostrava um ambulante de Sarandi (noroeste do Estado), que sonhava em ser professor de educação física e dava aulas de futebol para 60 crianças carentes. Algumas semanas após a reportagem ser exibida, as crianças receberam a doação de 15 bolas de futebol e o professor, uma bolsa de estudos para cursar educação física.

“O investimento no social deixou de ser um diferencial. Hoje é um dever e uma questão ética das empresas“, acredita Renato Ramalho, ex-atleta e conselheiro da secretaria municipal do Esporte. “É preciso ver o esporte como uma atividade física, como uma prática para toda a vida.”

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