Rocha Loures coordena Movimento Empresarial para a Inovação
Programa lançado nesta terça-feira em Brasília quer colocar a indústria no centro do processo de inovação. Meta é triplicar o número de empresas inovadoras em cinco anos
O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, vai coordenar o Movimento Empresarial para a Inovação (MEI), lançado nesta terça-feira (28/10) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) durante o 3º. Encontro Nacional da Indústria (Enai), que está sendo realizado em Brasília com a participação de 1.000 líderes empresariais de todo o País. “O grande desafio é posicionar a empresa como centro do sistema de inovação”, disse Loures.
Rocha Loures, que também preside o Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da CNI, afirmou que é preciso sensibilizar os líderes empresariais para o imperativo de inovar para ganhar competitividade. “Neste cenário de crise, a inovação será ainda mais importante. Inovar é um requisito central da competitividade. É determinante fundamental das perspectivas futuras da indústria brasileira”, afirmou, durante a apresentação do MEI. “Temos uma meta de triplicar, nos próximos cinco anos, o número de empresas reconhecidamente inovadoras no Brasil”, declarou. De acordo com dados da CNI, o número de empresas brasileiras consideradas inovadoras é de 1.200 e a meta é chegar a, pelo menos, quatro mil.
O movimento prevê a articulação entre empresas e destas com outros atores importantes, como universidades, institutos de pesquisa e as três instâncias de Governo para colocar a inovação no centro da agenda brasileira. “Além de sensibilizar os empresários, cuidar das ações internas necessárias ao desafio de inovar, temos que nos organizar e articular para criar um ambiente propício à inovação. Isso implica em influir em políticas públicas e ampliar a interação entre o campo científico e de pesquisa com as empresas”, disse o presidente da Fiep.
De acordo com Rocha Loures, as empresas brasileiras focaram seus esforços nos últimos anos para melhorar a qualidade do que produzimos. “A partir de agora, a agenda volta-se para a inovação. Este é um passo adiante, pois produzir com qualidade passou a ser obrigação das empresas”, afirmou o presidente da Fiep. “Desta forma o protagonismo empresarial é vital se quisermos competir com potências emergentes como a China e a Índia. Temos que alcançar o nível de desenvolvimento dos nossos concorrentes”, completou.
O presidente da Fiep também coordenou o painel Inovação e Produtividade na Indústria, realizado nesta terça-feira durante o 3º Enai. Participaram do debate o presidente da Finep, Luiz Manoel Rabelo Fernandes, representando o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; o diretor de planejamento do BNDES, João Carlos Ferraz, representando o presidente da entidade, Luciano Coutinho; o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq); Luiz Aubert Neto, e do deputado federal Júlio Semeghini Neto, de São Paulo.