Estratégia

Fiep considera Política Industrial consistente

Fiep considera Política Industrial consistente

Presidente da Federação elogia intenção do governo de colocar a inovação como principal estratégia competitiva do País

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, considerou bastante consistente a nova política industrial lançada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta segunda-feira (12/05), no Rio de Janeiro. “É um elenco de incentivos bem construídos para incentivar os investimentos. Há uma estratégia clara. O trinômio que norteia a nova política industrial é inovar, investir e exportar”, afirmou Loures, que também presidente do Conselho de Política Industrial e Desenvolvimento Tecnológico da Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Presente na cerimônia realizada na sede do BNDES, Rocha Loures elogiou a intenção do governo de colocar a inovação como principal estratégia competitiva do País. “O maior desafio que temos é em relação à produtividade e a nova política industrial oferece instrumentos de apoio à modernização das empresas”, disse, destacando que há incentivos para setores considerados mais fortes, mas que outros segmentos podem ser favorecidos por linhas que têm até taxa de juros zero.

Segundo Rocha Loures, Lula demonstrou estar empenhado para que a nova política se consolide. Para o presidente da Fiep, um dos elementos para que isto aconteça é a boa articulação entre todos os agentes federais envolvidos. “Esta sintonia é essencial para a implementação da política e para reforçar programas lançados anteriormente pelo governo, como o PAC e a política de inovação, por exemplo”.

Câmbio – O presidente da Fiep destacou, contudo, que para que a nova política industrial tenha maior efetividade é necessário repensar a política economia, especialmente no campo monetário por causa do real supervalorizado. “O câmbio é um fator crítico. A política macroeconômica pode impedir que o potencial da política industrial se desenvolva na plenitude por falta de ambiente propício ao investimento. Seria desejável uma revisão de estratégia, substituindo a ancora cambial pela ancora fiscal”, alertou Rocha Loures.

Para Rodrigo da Rocha Loures é importante também pensar em políticas locais e regionais de fomento à indústria. “É necessário que cada estado e suas regiões desenvolvam instrumentos próprios de política industrial, que aproveitem as vocações e competências já instaladas. As empresas poderiam funcionar melhor com uma política industrial local que crie ambientes propícios para que elas cresçam”, disse.

Segundo o presidente da Fiep, o governo federal pode dispor de muitos instrumentos para alavancar a indústria, mas existem fatores locais e regionais, como infra-estrutura, formação de mão-de-obra, burocracia e licenciamentos, que são resolvidos nas esferas municipais ou estadual. “Por isso, é fundamental a criação de arranjos institucionais locais. Política industrial não é só incentivo fiscal”, disse.

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